sexta-feira, 27 de novembro de 2015

BRUXAS: CONTEXTO HISTÓRICO E MITOLÓGICO

 

Uma bruxa é geralmente retratada no imaginário popular como uma mulher velha, nariguda e encarquilhada, exímia e contumaz manipuladora de Magia Negra e dotada de uma gargalhada terrível. É inegável a conexão entre esta visão e a visão da Hag ou Crone dos anglófonos. É também muito popularizada a imagem da bruxa como a de uma mulher sentada sobre uma vassoura voadora, ou com a mesma passada por entre as pernas, andando aos saltitos. Alguns autores utilizam o termo, contudo, para designar as mulheres sábias detentoras de conhecimentos sobre a natureza e, possivelmente, magia.
As bruxas tem andado sobre a Terra desde o começo do mundo, e o desenvolvimento da linguagem humana permitiu que elas criassem maldições, feitiços e rituais mais complexos. Por meio da tentativa erro, as bruxas também aprenderam o potencial das plantas tanto para envenenar quanto para curar. Muitas bruxas foram curandeiras benevolentes, seguiram um caminho para a luz e ajudaram comunidades inteiras, outras optaram se aliar às trevas e foram convencidas a vender a alma em troca da capacidade de realizar magia negra. Assim, com o passar do tempo, as bruxas foram consideradas rivais da religião organizada e, consequentemente, fora perseguidas, queimadas, decapitadas, enforcadas ou afogadas.


Algumas bruxas históricas adquiriram alguma notoriedade, como é o caso das chamadas Bruxas de Salem, a Bruxa de Evóra e Dame Alice Kytler (bruxa inglesa). São também bastante populares na literatura de ficção, como nos livros da popular série Harry Potter, nos livros de Marion Zimmer Bradley (autora de As Brumas de Avalon, que versam sobre uma vasta comunidade de bruxos e bruxas cuja maioria prefere evitar a magia negra, ou a trilogia sobre as bruxas Mayfair, de Anne Rice.
As bruxas foram implacavelmente caçadas durante a inquisição na Idade Média. Um dos métodos usados pelos inquisidores para identificar uma bruxa nos julgamentos do Santo Ofício consistia na comparação do peso da ré com o peso de uma Bíblia gigante. Aquelas que fossem mais leves eram consideradas bruxas, pois dizia-se que as bruxas adquiriam uma leveza sobrenatural. Outro modo pelo qual podia-se testar uma bruxa era a flutuação, neste teste a suposta bruxa era levada para uma lagoa ou o lago mais profundo, e suas mãos eram amarradas aos pés antes de ser jogada na água, se flutuasse  era considerada culpada e levada para ser queimada, se afundasse, era inocente , porém quando isso acontecia muitas mulheres inocentes morriam afogadas ou de pneumonia, no entanto este mostrou-se ser um método falho na identificação de supostas bruxas, pois, o fato de um corpo flutuar ou não depende muito da sorte e do tipo de corpo. As picadas também foram durante muito tempo uma forma de identificação de bruxas, era um teste igualmente cruel ao da flutuação, onde um alfinete ou punhal era enfiado com força na carne da suposta bruxa para encontrar a marca do diabo, ou seja, uma parte do corpo insensível à dor, muitas vezes a marca era invisível, mas uma verruga ou descoloração da pele era considerada uma forte evidencia da culpa da acusada.


Frequentemente as bruxas são associadas a gatos pretos, que para as bruxas tradicionais são os chamados Puckerel, muitas vezes tidos como espíritos guardiões da Arte das Bruxas, que habitam o corpo de um animal. Estes costumam ser designados na literatura como Familiares. Diziam que as bruxas voavam em vassouras à noite e principalmente em noites de lua cheia, que faziam feitiços e transformavam as pessoas em animais e que eram más.
Hoje em dia essas antigas superstições como a da bruxa velha da vassoura na lua cheia já foram suavizadas, devido à maior tolerância entre religiões, sincretismo religioso e divulgação do paganismo. Gerald Gardner tem destaque nesse cenário como o pai da Religião Wicca- A Religião da Moderna Bruxaria Pagã, formada por pessoas que são bruxos e que utilizam a "Arte dos Sábios" ou a "Antiga Religião" mesclada a práticas e conhecimentos de outras tradições. A classificação de magia como negra e branca não existe para os bruxos, pois se fundamentam nos conceitos de bem e mal, que não fazem parte de suas crenças, por isso, como costumam dizer, toda magia é cinza.

                                         

A Arte das Bruxas como era feita antes é chamada de bruxaria tradicional, ainda remanescendo até os dias atuais em grupos seletos, via de regra ocultos. Hoje também pode-se encontrar uma vasta quantidade de livros e sites que explicam a "Antiga Religião" mas geralmente se tratam de Wicca, pois os membros de grupos de bruxaria tradicional costumam preferir o ostracismo, revelando-se publicamente apenas em ocasiões especiais ou para que novos candidatos os localizem.
À afirmativa de existência de bruxas à forma retratada em registros da Idade Média, incluindo histórias infantis que permaneceram em evidência até os dias atuais, admite-se uma ressalva: elas parecem ter existido apenas no imaginário popular como uma velha louca por feitiços enigmáticos, surgidas na esteira de uma época dominada por medos, quando qualquer manifestação diversa ou mesmo a crença na inexistência de bruxas da forma retratada pelas autoridades clericais era implacavelmente perseguida pela Igreja.
A feitiçaria já era citada desde os primeiros séculos de nossa era. Autores como o filósofo grego Lúcio Apuleio (123-170) fazia alusão a uma criatura que se apresentava em forma de coruja (Hécate) que na verdade era uma forma descendente de certas mulheres que voavam de madrugada, ávidas de carne e sangue humano.
Para os intelectuais, estes acontecimentos não passavam do imaginário popular, sonhos, pesadelos e, assim, recusavam-se a admitir a existência de bruxas. Porém, entre muitos povos não era assim: os éditos dos francos salianos falavam da Estrige como se ela existisse de fato. Os penitenciais atestavam a crença nessas mulheres luxuriosas. No início do século XI, Burcardo, o bispo de Worms, pedia aos padres que fizessem perguntas às penitentes no intuito de descobrir se eram seguidoras de Satã, (…) se tinham o poder de matar com armas invisíveis cristãos batizados (…) Se sim, quarenta dias de jejum e sete anos de penitências.
Até ao século XIII a Igreja não condenava severamente esse tipo de crendice. Mas nos século XIV e XV, o conceito de práticas mágicas, heresias e bruxarias se confundiam no julgo popular graças à ignorância. Eram, em geral, mulheres as acusadas. Hereges, cátaros e templários foram violentamente condenados pela Inquisição, tomando a vez aos judeus e muçulmanos, que eram os principais alvos da primeira inquisição (século XIII). Curiosamente, foi exatamente a partir da primeira inquisição que a iconografia cristã passou a representar o "Arcanjo Decaído" não mais como um arcanjo, mas com a aparência de deuses pagãos, como Pã e Cernunnos. Tal fato levou, séculos após, à suposição de que bruxas eram adoradoras do demônio, o que não faz sentido, uma vez que a figura do demônio faz parte do dogma cristão, não pertencendo às crenças pagãs e nem existindo personagem de caráter equivalente ao diabo em qualquer panteão pagão. 

       

O uso alternativo do nome Lúcifer para designar o mal encarnado, na visão cristã, agravou a ignorância a respeito do culta das bruxas, uma vez que o nome Lúcifer, pela raiz latina, representa portador/fabricante da luz (Lux Ferre), inescapável semelhança ao mito grego de Prometeu, que roubou o fogo dos céus para trazê-lo aos homens.

Perseguição às bruxas.

O movimento de repressão à bruxaria, iniciado na Idade Média, alcançou maior intensidade no século XV para, na segunda metade do século XVII, ter diminuída sua chama: o número de processos de feitiçaria no norte da França aumentou de 8, no século XV, para 13 na primeira metade do século XVI, e 23 na segunda metade, chegando a 16 na primeira metade do século XVII, diminuindo para 3 na segunda metade daquele século e para um único no seguinte. (Claude Gauvard - membro do Institut Universitaire de France).
Em 1233 o Papa Gregório IX admitiu a existência do sabbat e esbat. O Papa João XXII, em 1326, autorizou a perseguição às bruxas sob o disfarce de heresia. O Concílio de Basileia (1431-1449) apelava à supressão de todos os males que pareciam arruinar a Igreja.
Uma psicose se instalou. Comunidades do centro-oeste da França acusavam seus membros de feitiçarias. Na Aquitânia (1453) uma epidemia provocou muitas mortes que foram imputadas às mulheres da região, de preferência as muito magras e feias. Presas, submetidas a interrogatórios e torturadas, algumas acabavam por confessar seus crimes contra as crianças, e condenadas à fogueira pelo conselheiro municipal. As que não confessavam eram, muitas vezes, linchadas e queimadas pela multidão, irritada com a falta de condenação.
Os tratados demonológicos e os processos de feitiçaria se multiplicaram, por volta de 1430, marcando uma nova fase da história pré-iluminista, de trágicas dimensões. Em 1484 o Papa Inocêncio VIII promulgou a bula Summis desiderantes affectibus, confirmando a existência da bruxaria. Em 1484 a publicação do Malleus maleficarum ("Martelo das Bruxas") orientou a caça às bruxas com ainda maior violência que obras anteriores, associando heresia e magia à feitiçaria. A Inquisição, instituída para combater a heresia, agravou a turba de seguidores inspirados por Satã. Havia, ainda, um componente sexista. Os bruxos existiam, mas eram as mulheres, sobretudo, que iam queimadas nas fogueiras medievais.

 A perseguição aos acusados de bruxaria durou mais de 300 anos

  

1428

Na cidade de Valais, na Suíça, acontece o primeiro julgamento coletivo de pessoas acusadas como bruxas. Não se conhecem detalhes dos processos ou da quantidade de acusados e condenados, pois os registros foram na maior parte destruídos.

1692

Na cidade de Salem, nos EUA, 150 pessoas são presas sob acusação de bruxaria, depois que algumas meninas alegaram ter sido enfeitiçadas. Um tribunal especial é estabelecido para julgar o caso. Dezenove pessoas são condenadas à morte e enforcadas.

1793

Embora a data e o local sejam bastante controversos, a última execução por ordem judicial de suspeitas de serem bruxas na Europa parece ter acontecido na Polônia - duas mulheres foram queimadas na fogueira.

1586

Publicação do livro O Martelo das Bruxas, escrito por dois frades dominicanos. Por possuir valor legal e religioso (o livro era aceito por católicos e protestantes), a obra serviu nos dois séculos seguintes como manual para identificar e eliminar bruxas.

Feiticeiras Humanas

Bruxas da água e feiticeiras lâmias são humanas apenas em parte, mas cada tipo de feiticeira totalmente humana pode ser dividido em quatro categorias gerais:

* As Benevolentes: Mulheres sábias que têm um grande conhecimento de ervas e poções, algumas são parteiras, outras, curandeiras e salvam muitas vidas, elas servem à luz e a remuneração é pequena, se os clientes forem pobres, costumam trabalhar em troca de nada. São mulheres confiáveis, que não foram corrompidas e estão sempre prontas a ajudar.

* As falsamente Acusadas: Pobres mulheres perseguidas por caçadores de bruxas, geralmente vítimas de fofocas maliciosas, muitas vezes existe conspirações entre caçadores e aldeões para condená-las por um motivo ou outro, como se apossarem de sua casa e seus pertences.

* As Malevolentes: Feiticeiras que obtêm seus poderes das trevas e visam apenas seus interesses, sem considerar as consequências para outras pessoas, causando o mal propositadamente. Algumas servem diretamente ao Diabo, outras agem de acordo á própria vontade. Possuem grande poder e habilidade, a feitiçaria é praticada para a sobrevivência, num sentido mais abrangente, reinos inteiros podem surgir ou decair por conta do capricho de uma feiticeira poderosa.

* As Inconscientes: Bruxas que podem passar toda vida sem perceber o próprio potencial, isso nunca acontece quando há um Coven responsável por ela, que rapidamente a identifica e a força a desenvolver suas habilidades para o bem do clã. Em algumas aldeias distantes era comum as habilidades pular duas ou três gerações quando era manifestada em uma criança que não tinha qualquer consciência alguma de seu poder. Muitas vezes este potencial era revelado durante uma crise, como quando sua vida ou a vida de algum ente querido era ameaçada.

                                   Feiticeiras Celtas

                                   

Bruxas, sobretudo, das regiões da Irlanda, algumas vezes chamada de Ilha Esmeralda, por causa dos pastos verdes e exuberantes, uma terra misteriosa, frequentemente envolta por névoa. Pouco se sabe sobre essas feiticeiras celtas, além do fato de venerarem a Deusa Antiga Morrigan e de agirem sozinhas e não pertencerem á clãs. As bruxas celtas formavam alianças temporárias com magos de bodes da região, que, as usavam como assassinas para matar seus inimigos.

                                       Feiticeiras Lâmias

                                 

A primeira Lâmia foi uma feiticeira poderosa e de grande beleza. Ela amava Zeus, o deus dos deuses antigos, que já era casado com a deusa Hera. Por imprudência a Lâmia concebeu filhos de Zeus. Ao descobrir isso, em uma cólera movida por ciúmes, Hera matou todas as infelizes crianças, menos uma. Movida pela dor, a Lâmia começou a matar crianças por toda parte, e os córregos e rios se tornaram vermelhos com seu sangue. O ar estremecia com os gritos dos pais enlouquecidos. Por fim os deuses a puniram e alteraram sua forma, de modo que a parte inferior do corpo fosse sinuosa e tivesse escamas como as de uma serpente.
Assim modificada, ela voltou suas atenções para os homens jovens, ela os atraía para uma clareira na floresta, mostrando somente a bela cabeça e os ombros acima da grama verde e exuberante. Depois de seduzi-los para que se aproximassem, enrolava bem apertado a parte inferior do corpo ao redor da vítima e retirava o ar do corpo impotente, à medida que a boca se alimentava em seu pescoço, até drenar a última gota de sangue.
Mais tarde, a Lâmia teve um amante chamado Chaemog, uma espécie de aranha que habitava as cavernas mais profundas da Terra. Ela concebeu trigêmeas e, estas foram as primeiras feiticeiras lâmias.
                                                                       Chaemog

Em seu décimo terceiro aniversário, as três discutiram com a mãe e, após uma briga terrível, cortaram seus membros e fizeram seu corpo em pedaços. As lâmias deram cada um dos pedaços do corpo da mãe, incluindo o coração, a uma vara de javalis selvagens. As três feiticeiras lâmias atingiram a idade adulta e se tornaram temidas. Eram criaturas com uma vida muito longa e, por meio do processo de partenogênese ( sem necessidade de um macho ), cada uma deu á luz alguns filhos. Ao longo de séculos, a raça de feiticeiras lâmias começou a evoluir e os padrões de acasalamento se modificaram. Aquelas que conviviam com os homens assumiram características humanas e, algumas vezes, deram à luz híbridos, as que evitaram a companhia de seres humanos mantiveram a forma original e continuaram a te filhos sem pais.
As feiticeiras lâmias podem ser classificadas como ferinas ou domésticas. As primeiras mantêm a forma das originais, das trigêmeas que saíram do útero da Lâmia. Na forma ferina, a maioria se move nas quatro patas, tem garras afiadas e bebe o sangue de seres humanos e animais. Elas usam magia do sangue e podem chamar as vítimas á sua presença e mantê-las cativas assim como um furão hipnotiza um coelho. Sua terra natal é a Grécia, mas frequentemente, espalham-se muito além das fronteiras.


As que são classificadas como domésticas têm aparência humana, a não ser por uma fileira de escamas verdes e amarelas que percorre o comprimento de sua espinha. Elas também usam a magia do sangue, mas multiplicaram-ma com a magia dos ossos; algumas até usam familiares.


As feiticeiras lâmias mudam de forma lentamente, aquelas que se associam aos seres humanos, aos poucos, assumem a forma de uma mulher. O oposto também é verdadeiro, amarrada em uma cova ou, de alguma maneira, afastada da comunicação com as pessoas, uma feiticeira lâmia doméstica, aos poucos, retorna á forma ferina.
Algumas feiticeiras lâmias, chamadas vaengir, também tem asas, podem voar por distâncias curtas e atacam as vitimas no ar. Elas são relativamente raras e parecem condenadas á extinção.
Lâmias híbridas assumem muitas formas, as que nascem de pais humanos nunca são totalmente humanas nem totalmente lâmias.

Feiticeiras da Água

Essas feiticeiras são muito mais animais que humanas, e praticamente perderam a capacidade de falar, vivem em pântanos, rios, canais e fossos, ao contrário das feiticeiras humanas, têm a capacidade de atravessar a água corrente, no entanto, não podem usar espelhos, nem se comunicar nem espiar os outros. Um nome que costuma ser dado às feiticeiras da água é Dentes Verdes, por causa do limo verde que, algumas vezes, se forma sobre os lábios e os dentes delas. Com frequência os pais avisam os filhos para ficarem longe de todos os locais onde pode haver Dentes Verdes à espreita. Seus narizes são pontudos e não tem carne, e os caninos são compridos feito presas imensas, elas fisgam a presa usando os indicadores com garras afiadas como navalhas, seu objetivo sempre é rasgar a garganta, é quase impossível escapar, pois as feiticeiras da água são muito fortes, arrastam a vítima para o pântano ou para a água e drenam seu sangue enquanto elas se afogam.

Morwena

A mais velha e poderosa de todas as feiticeiras da água é Morwena, ela pode ter mais de mil anos, seu pai é o Maligno, sua mãe, uma feiticeira que habita as cavernas mais úmidas e profundas da Terra. Além de todos os atributos de uma feiticeira da água comum, ela tem um olho cheio de sangue com o qual consegue paralisar sua vítima, mas, seu poder tem limitações, esse olho somente pode ser utilizado contra uma pessoa de cada vez, ela também, conserva sua força e, quando não o esta usando, prende as pálpebras com um pedaço de osso afiado, a Morwena também não pode se afstar muito de seu elemento vital, brejo e água ou sua força começa a diminuir. Existe um livro de Bill Arkwright que fala sobre ela.

Feiticeiras Romenas

Duas coisas distinguem essas feiticeiras; a capacidade de projetar a própria alma para longe do corpo durante o sono, se reunindo com outras almas em vales sombrios, assumindo a forma de pequenas esferas de luz bruxuleante que se movem juntas no ritmo de uma dança. Esses covens desencarnados nem sempre tem treze feiticeiras, que é o número costumeiro em todo o lugar, mas elas sempre estão em números ímpares, e a maior parte costuma dançar em grupos de sete, nove ou onze. A segunda capacidade dessas feiticeiras é dominar seres humanos que são atraídos por esses orbes luminosos, quando a dança termina, eles morrem, em seguida, as feiticeiras absorvem lentamente sua vitalidade.
Feiticeiras romenas usam magia anímica, isso significa que ao contrário da magia dos ossos e do sangue, essas bruxas retiram a essência vital de suas vítimas e a usam juntamente com rituais e encantamentos para acumular poder das trevas.
As feiticeiras romenas cultuam Siscoi, o deus antigo romeno, e tem poder para traze-lo até nosso mundo através de um portal à meia-noite, embora, ele possa ficar apenas até ao amanhecer. Elas também formam alianças com strigoi e strigoica, os demônios vampiros, e podem controlar os elementais da Transilvânia, conhecidos como moroi, como um auxílio para drenar a força vital dos seres humanos.
O poder da magia negra obtido é usado sobretudo para: invocar o deus vampiro, Siscoi, das trevas, matar seus inimigos, prever o futuro, controlar os seres humanos que vivem no território que escolheram e acumular riquezas.
As feiticeiras romenas são muito ricas e vivem sozinhas em habitações grandes e isoladas, não formam clãs, e somente se encontram quando enviam suas almas para se unirem temporariamente nos covens.

                                                Covens

                                              

Um coven é formado por treze feiticeiras que se reúnem para praticar magia negra, normalmente, em festas especiais como Candlemas ( 2 de fevereiro ), Noite de Walpurgis ( 30 de abril ), Lammas ( 1º de agosto ) e Halloween ( 31 de outubro ).
Os covens se reúnem à meia-noite nessas festas e, de vez em quando, ao retirar poder da adulação de seus adoradores, o Malígno se materializa brevemente para aceitar obediência e conferir poder das trevas.

                                        Poderes das Bruxas


Magia Anímica

Esse tipo de poder também é praticado pela categoria dos magos, conhecidos como xamãs, mas quem mais as praticam são as feiticeiras romenas, elas se alimentam do animus, a essência vital de uma criatura, não é a alma, é a vitalidade e energia que anima o corpo e a mente. Elas não tiram o sangue, mas retiram o animus diretamente pela força da vontade e de encantamentos, algumas vezes, durantes semanas ou meses. O corpo da vítima torna-se cinzento e enrugado, e murcha até a pele se assemelhar a um pergaminho seco sobre ossos frágeis. Algumas vezes, em estágios posteriores, a vítima parece morta, mas ainda caminha, respira e seu coração bate sem força, mas seus olhos não enxergam e ela não pode falar, nesse estágio, a morte esta muito próxima. Ocasionalmente, quando sete ou mais feiticeiras estão reunidas, a vítima cai morta em segundos, mais uma vez a retirado do animuis é acompanhada pela força de vontade e dos encantamentos. As feiticeiras romenas nunca anotam os feitiços, eles são decorados e passados de geração em geração.

Magia do Sangue

Esse é o tipo mais fundamental de magia praticada pelas feiticeiras, elas podem evoluir para níveis mais elevados de magia dos ossos ou magia familiar, mas todas começam nesse estágio e continuam a usá-la de vez em quando, durante suas vidas. O sangue esta presente em rituais, principalmente, na época dos maiores sabás , beber quantidades abundantes de sangue de crianças aumenta a potência da magia negra, ela intensifica a cristalomancia e as maldições, e as últimas são usadas para causar a morte de inimigos à distancia .

Magia dos Ossos

Esse nível de magia esta um nível acima da magia do sangue, ossos de animais podem ser usados, mas ossos humanos, em especial, os do polegares, são os mais valiosos. Os ossos dos polegares de um sétimo filho de um sétimo filho são o maior premio de todos. Um dos usos mais conhecidos dessa magia, é criar um cemitério de ossos, um local mortal para capturar descuidados. Depois de beber o sangue espremido dos polegares da vítimas ainda vivas, a feiticeira invoca as trevas por meio de encantamentos, corta os ossos dos polegares e os enterra no centro do terreno. Quando alguém perambula pelo cemitério de ossos, os próprios ossos se tornam muito pesados e a pessoa fica amarrada no lugar, o resultado é a lenta inanição.

Magia Elemental

                      

Em seu nível mais fundamental, essa forma de magia costuma ser praticada por feiticeiras novatas que são treinadas em um clã ou por feiticeiras inconscientes , que frequentam locais solitários onde se sentem em sintonia com a natureza. Com frequência, essas últimas percebem uma presença próxima, desconhecido para elas, é um espírito elemental emergente, que se alimenta e cresce  graças ao contato com a mente humana curiosa. Ao se concentrar no resultado que quer, a novata feiticeira malevolente pode usar o poder do elemental para desejar o mal. O elemental fará a vontade dela e exercerá seu poder sobre a pobre vítima escolhida. A morte é uma consequência rara de tal parceria malvada, mas são comuns os terrores noturnos, a saúde abalada e as infestações de piolhos.
Usada por praticantes hábeis e experientes , a magia elemental é muito poderosa. Elementais totalmente desenvolvidos, como barghests e mori, são usados como guardiões e assassinos. Os últimos, em particular, são uma ameaça mortal na Romênia onde, sob controle de demônios, possuem ursos e atacam as vítimas determinadas com fúria terrível.

Magia Familiar

É a mais poderosa das três categorias de magia usada por feiticeiras, embora suas praticantes também possam usar, de vez em quando, magia do sangue e dos ossos. A magia desse tipo tem um potencial terrível e tremendo. A feiticeira amarra uma criatura à sua vontade, primeiramente, alimentando o familiar escolhido com o próprio sangue. Quando ele esta amarrado á ela, o sangue das vítimas pode ser substituído, a criatura efetivamente se torna uma extensão do corpo da feiticeira, é como se ela pudesse separar sua mão e fazê-la agir à distância A criatura se torna seus olhos e seus ouvidos e as possibilidades proporcionadas por essa magia terrível são inúmeras e variadas, dependendo do tipo de criatura que a feiticeira escolhe como seu familiar. Com frequência, as feiticeiras tem mais de um, e cada um deles serve para um objetivo diferente. Um gato pode ser usado para espionar um feiticeira inimiga, arrancar os olhos dela ou até matar seu filho ao sentar-se sobre o rosto da criança e sufocá-la enquanto dorme.
Morcegos e pássaros têm a vantagem de voar e permitem à feiticeira procurar vítimas e inimigos, normalmente, ela prefere pássaros noturnos, como as corujas e os pássaros -cadáveres. Gatos, em especial os pretos,  são provavelmente os familiares mais populares e muitas feiticeiras os escolhem por causa da natureza felina, eles são rápidos e esquivos, mas também cruéis, brincam com a presa antes de devorá-las.
As serpentes também são comuns, sobretudo pela sua habilidade para matar. Sapos são os familiares menos perigosos e costumam ser usados por feiticeiras isoladas muito velhas, no entanto são os familiares favoritos de feiticeiras da água, bem adaptados ao terreno pantanoso em que habitam, e, de sua pele, escorre um veneno perigoso.
Finalmente, há os familiares de ordem superior, entidades como demônios que são considerados perigosos e poderosos demais para serem usados como familiares, apenas as feiticeiras muito fortes ousam tentar isso e algumas conseguem.


By Stela Bagwell

Fontes; Wikipédia e O Bestiário de John Gregory, o Caça-Feitiços

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

MITOLOGIA ESLAVA PARTE II

PERSONAGENS E CRIATURAS DA MITOLOGIA ESLAVA

                                                            KIKIMORAS

                                         

Kikimoras são espíritos domésticos femininos da mitologia eslava, algumas vezes casadas com Domovois (florestas) ou Leshys (pântanos). São geradas através de crianças mortas sem batismo ou abortadas, vivendo habitualmente no porão, despensa ou atrás do fogão onde podem facilmente vigiar as tarefas domésticas. Ás vezes podem ser encontradas também em pântanos ou bosques. Podem ser consideradas tanto boas criaturas quanto más.
Sua aparência é descrita de três maneiras: Como uma bruxa com a cabeça tão pequena como um dedal e um corpo tão fino quanto palha; Como uma mulher média com o cabelo escorrido e coberto com um pano; Como uma bruxa corcunda, pequena e usando roupas velhas e sujas.
Kikimoras são relacionadas à morte, sendo que os espíritos que surgem dos abortos aguardam a morte da mãe para levá-la. Sua presença se dá através do sono, sonhos, da noite e principalmente dos pesadelos. As Kikimoras foram a primeira explicação tradicional no folclore russo para a paralisia do sono.
É notada nas casas principalmente nos longos períodos de inverno e na noite antes do Natal através de ruídos feitos para impedir o sono dos moradores, jogando pratos no chão, desplumando as aves, fazendo cócegas, prejudicando à agricultura e animais, tosquiando as ovelhas e etc. Às vezes a Kikimora se revela antes da morte de alguém da família, saindo da clandestinidade ao chorar (igualmente Banshees).
Sua aparição na casa, celeiro, estábulo ou silo é considerada mau presságio. Os camponeses acreditam que a Kikimora pode entrar voando através de frestas ou partes inacabadas durante a construção ou reparo da casa e para evitar colocam bonecas de trapos com a imagem do espírito em baixo da viga principal ou no canto dianteiro da casa, pois uma vez dentro da moradia é difícil expulsá-la.
Enquanto os proprietários da casa dormem ou saem as Kikimoras fiam pelos cantos da casa, onde raramente alguém percebe, mas quando seu fiado é visto dá-se como presságio de morte de quem o percebeu. Em alguns casos, geralmente quando a casa é bem conservada, esses espíritos são amigáveis ajudando a família com tarefas domésticas, fazendo pão, cuidando das crianças e animais, lavando pratos, alimentando as galinhas e cantando ou assobiando para as crianças dormirem ou pararem de chorar durante a noite.
Para apaziguar uma Kikimora é necessário lavar todos os potes e panelas com chá de samambaia. Parte de seu nome, "mora", faz referência a "pesadelo" em croata. Acredita-se que o nome é derivado da palavra "kikka-murt", que significa "espantalho". Apenas "mora" ou "mara" representa outro tipo de espírito na antiga mitologia eslava (polonesa, romena, sérvia).

                                                         O BAUK

                                    

Bauk (em sérvio: Баук) é uma criatura mítica do folclore da Sérvia. Sua aparencia é de forma animal grande e grotesca. O mosntro é descrito com o habito de se esconder em lugares escuros, buracos ou casas abandonadas, esperando para agarrar e carregar pra longe sua vítima afim de devora-la.  A criatura pode ser afugentada  com a utilização de luz forte e barulhos altos. O monstro tem um passo desajeitado (bauljanje) e sua onomatopeia é bau.
A interpretação dos atributos do Bauk leva à conclusão de que o Bauk é na verdade a descrição fantástica de seres baseados em ursos reais, que já tinham sido regionalmente extintos em algumas partes da Sérvia e conhecidos apenas como uma lenda. A palavra "bauk" foi inicialmente usada como um hipocorismo.

                                                     ALKONOST

                      

Alkonost é o pássaro do paraíso na Mitologia Eslava. Ela tem o corpo de um pássaro com rosto de mulher. O nome Alkonost vem de semi-deusa grega Alcíone transformada pelos deuses em um martim-pescador. A Alkonost se reproduz botando seus ovos na costa marítima e depois colocando eles na água. O mar então se acalma por seis ou sete dias ao ponto que os ovos chocam, formando uma tempestade. Para a Igreja Ortodoxa Russa Alkonost personifica a vontade de Deus. Ela vive no paraíso, mas vem para o nosso mundo para entregar mensagens. Sua voz é tão doce que qualquer pessoa que a ouve pode esquecer de todas as coisas. Diferente de Sirin, criatura similar, ela não é maldosa.

                                                        RUSALKAS

                        

Rusalkas são ninfas aquáticas, mulheres-peixe, sereias-demônios ou fantasmas do rio oriundas da mitologia eslava. Outra origem afirma que Rusalkas podem ser geradas do espirito de donzelas que morrerão afogadas em rios ou lagos.
As rusalkas são perigosas entidades femininas da água no folclore russo, geralmente consideradas espíritos de jovens afogadas. A palavra "rusalka", segundo o lingüista germano-russo Max Vasmer, referia-se originalmente às danças de roda das jovens na festa de Pentecostes (mais conhecida, no Brasil, como festa do Divino Espírito Santo).
Durante os meses de inverno, as rusalkas vivem no fundo da água, sob o gelo. No verão, principalmente na chamada Semana das Rusalkas (Rusal'naia, no início de junho), podem deixar a água e subir às árvores das florestas vizinhas, tornando-se um perigo para os homens que se aventuram nas suas proximidades. Trepam aos galhos de salgueiro ou vidoeiro que pendem sobre a água e à noite, quando o luar ilumina a floresta, descem das árvores e dançam nas clareiras. Às vezes, vão às fazendas para dançar. Os russos do sul dizem que os lugares onde elas dançam podem ser encontrados procurando-se por pontos onde a grama cresce mais espessa e o trigo mais abundante. Esses círculos são chamdos хороводы, korovodyi em russo, ou korowody, em polonês. Até os anos 1930, o enterro ou banimento ritual das rusalkas no final da Rusal'naia permaneceu como um entretenimento comum.
No norte da Rússia, as rusalkas têm a aparência de mulheres afogadas nuas, cadavéricas, com olhos que brilham com um maligno fogo verde, ou então brancos, sem pupilas. Ficam na água ou perto dela, à espera de viajantes descuidados. Arrastam as vítimas para a água, onde as aterrorizam e torturam antes de matá-la.
No sul da Rússia, aparecem como belas jovens em roupas leves, com rostos como o luar. Atraem suas vítimas cantando docemente nas margens dos rios, enquanto trançam seus longos cabelos. Quando a vítima entra n'água para encontrá-la, a rusalka a afoga.
Além disso, as rusalkas podem arruinar as colheitas com chuvas torrenciais, rasgar redes de pesca, destruir represas e moinhos d'água e roubar roupas, linho e fios das mulheres humanas. Entretanto, os viajantes podem proteger-se ao passar perto da água se levarem algumas folhas de losna (Artemisia absinthium). Espargir losna em qualquer coisa que uma rusalka possa querer roubar ou destruir também as mantêm à distância. Se elas se tornarem particularmente preocupantes em uma região, grandes quantidades de losna devem ser espargidas no rio ou lago.
Em russo moderno, as sereias são também chamadas de rusalki.

                                                                  LESHIY

                         

Leshiy são espíritos protetores das árvores e animais selvagens na mitologia eslava. Há também leshachikha ou leszachka, que são leshiy fêmeas, e leshonky, que são os filhos dos leshiy.
Leshiy são descritos com a aparência de camponeses altos, com olhos verdes brilhantes que contrastam com sua pele pálida, bochechas azuladas (por causa de seu sangue azul), barbas e cabelo de grama e sapatos do avesso, possuindo as vezes cauda, cascos e/ou chifres. Podem transformar-se em qualquer animal ou planta que desejar. Em contos eslavos eles aparecem muito como grandes cogumelos falantes e são muito vistos com lobos cinzentos e ursos.
Estes seres possuem gritos horríveis, podendo também imitar a voz de qualquer pessoa para atrair seus amigos e familiares para suas cavernas, onde fazem cócegas em suas vítimas até morrerem. São conhecidos por esconder o machado dos lenhadores, apagar trilhas, fazer camponeses adoecerem e raptar jovens mulheres. No entanto, também podem ensinar segredos mágicos aos humanos que tornarem-se seus amigos. Fazendeiros faziam pactos com os leshiy para que eles cuidassem de suas colheitas e gado, entregando-lhes a cruz de seu pescoço e dividindo com eles a comunhão depois das missas cristãs. Esses pactos lhes davam também poderes especiais. Quando alguém cruzava com um leshiy na floresta ele se perdia, podendo encontrar o caminho somente se usar suas roupas ao avesso com os sapatos trocados de pé. Quando mais de um leshiy vive em uma floresta eles lutam por território, derrubando árvores e assustando os animais.

                                                           BABA YAGA

                                           

Baba Yaga é uma bruxa do folclore eslavo ao qual ajudava os bons homens e punia os de caráter ruim os matando e levando para sua casa, onde os revivia e os devoravam. Os ossos dos devorados eram usados de vedação para sua casa e os dentes utilizados na fechadura da porta.
Sua casa era móvel devido a imensos pés de galinha que a sustentava, a fechadura era uma boca repleta de dentes pontiagudos que impedia de entrar quem não pronunciasse as palavras mágicas corretas.
Baba Yaga possui o nariz avermelhado e arrebitado, um corpo ossudo, narinas largas, olhos em chama como carvão em brasa (como descrito por Isaac Bashevis) e ao invés de possuir cabelos saiam cardos (planta) de sua cabeça também é dito que possui uma força tremenda e que em sua boca seus dentes são de cobre. Ela possui uma vassoura, mas a utiliza apenas para apagar seus rastros ao voar em um almofariz impulsionado por um pilão.
O nome "Baba" significa "mãe" por inicialmente possuir um caráter benéfico, mas ao longo do tempo lhe foi atribuído um aspecto sinistro. Existem contos onde Baba Yaga persegue duas crianças na floresta afim de as devorar (similar a história de João e Maria) essa é uma versão criada pós cristianismo onde o mito já estava adquirindo aspectos malignos.

                                  DZIWOZOANA OU MAMUNA

                                   

Dziwozoana ou Mamuna são demônios do pântano do sexo feminino da mitologia eslava conhecido por ser malicioso e perigoso. Conta a lenda que esses demônios eram parteiras, solteironas, mães solteiras, mulheres grávidas que morrem antes do parto, bem como as crianças abandonadas, que morreram de alguma forma e levaram uma grande angústia consigo. Às vezes eles sequestram homens jovens para serem seus maridos. O Dziwozona tinha seios enormes que eles usava para atacar e assassinar.

                                                      CZERNOBOG

                          

Todas as mitologias contam com seres que são o lado desvirtuado do bem. Czernobog é a versão eslava pré-cristã da criatura que hoje conhecemos como o Diabo. Seu nome significa “Deus Negro” e ele tem todo o poder sobre o mundo das trevas, convocando os mais terríveis demônios para aniquilar o bem. Sua caracterização como divindade relacionada à morte e à escuridão, levou-o a ser utilizado como um personagem sombrio em obras contemporâneas como a ópera Mlada, de Nikolai Rimsky-Korsakov, e o segmento A Night on Blad Mountain, do desenho animado Fantasia, de Walt Disney, inspirado em composição de Mussorgsky .

                                                               BOGINKI

                                          

As Boginki (do polonês "Deusas pequenas"; singular: boginka) são espíritos na mitologia polonesa. Tradicionalmente, reuniões de bruxa de mulheres idosas executariam sacrifícios e rituais para as ninfas das margens de rio. De Boginki foi dito roubar bebês de seus pais humanos que foram substituídos por Odmience – Os Modificados. Destes espíritos é dito ser as de idades originais da vida e preceder os deuses celestes. Também parecem ser os precursores dos Rusalki.

                                                                  CIKAVAC

                                                     

Cikavac é uma criatura mítica na mitologia sérvia, imaginada como um animal alado (um pássaro) com um bico e um saco longos.
Um cikavac poderia ser adquirido ao se tomar um ovo de uma galinha preta, que seria então carregada por uma mulher debaixo da sua axila por 40 dias, e durante este tempo não confessaria, cortaria unhas, lavaria o rosto ou oraria. O cikavac então sugaria o mel das outras colmeias e o leite do gado dos outros, e o traria ao proprietário; cumpriria qualquer desejo do proprietário e também habilitaria seu proprietário a entender a língua animal.

                                                           KARZELEK

                                        

O Karzełek (diminutivo de karzeł – um pequeno, usado para descrever um anão não-fantástico) ou Skarbnik (o Tesoureiro) na mitologia polonesa vive em minas e no funcionamento do subterrâneo. São os guardiães das gemas, cristais e metais preciosos. Protegerão mineradores do perigo e os conduzirão de volta quando estiverem perdidos. Também conduzem os mineradores aos veios de minério. Às pessoas que são más ou os insultam são mortíferos; os empurrando para abismos escuros ou os enviando por túneis, que desabam sobre elas. Arremessar rochas, assobiar ou cobrir a cabeça de alguém são ações que são ofensivas ao Skarbnik que avisará o ofensor com um punhado de solo bombardeado em sua direção, antes de tomar uma atitude séria. A palavra tesoureiros ainda é um mistério, o nome polonês continua sendo o nome de mais próxima semelhança.

                                                             OVINNIK

                                       

O Ovinnik é um espírito malévolo da casa de debulha no folclore eslavo. É propenso a queimar as casas de debulha ao pôr fogo nos grãos. Para aplacá-lo, camponeses ofereciam a ele galos e panqueca. Na véspera do Ano Novo, o toque de um Ovinnik determinaria suas fortunas para o Novo Ano. Um toque morno significava boa sorte e fortuna, enquanto um toque frio significava infelicidade.

                                                                TOPIELEC

                               

Topielec (no plural Topielce), Vodník ou Utopiec é um nome aplicado à espíritos eslavos da água. O topielce são espíritos de almas humanas que morreram se afogando, residindo no elemento de seu próprio falecimento. São responsáveis por sugar pessoas para dentro de pântanos e lagos tão bem quanto matar os animais de pé próximos a águas paradas.

                                                KOSCHEI, O IMORTAL

                                        

Quando pensamos em um vilão clássico nos mitos e histórias fantásticas, dificilmente caímos longe de Koschei, o Imortal. Ele é aquele sujeito que rapta a esposa do herói e tenta conquistá-la, a despeito do fato de ser um sequestrador sádico e bastante repulsivo. Só existe uma forma de acabar com a vida da criatura: destruir sua alma.
Mas é claro que isso não é nada simples, já que ele a escondeu na forma de uma agulha, enfiada em um ovo que está dentro de um ganso. A ave, por sua vez, foi colocada dentro de uma lebre. Não bastando isso, o animal foi trancado dentro de uma caixa de ferro, que foi enterrada sob um carvalho na ilha mística de Buyan. Certamente não é uma jornada para qualquer um.

                                                     By Stela Bagwell

MITOLOGIA ESLAVA: Parte I

  

Os povos eslavos espalharam-se pela Europa, principalmente pela parte oriental. Sua origem é indo-européia ou ariana e fazem parte do grupo germano-leto-eslavo. Ocuparam a região do Dnieper e o Don, além das regiões bálticas. Avançaram posteriormente para as regiões da Pomerânia (região entre a Alemanha e a Polônia), Mecklemburgo (atual Alemanha), Brandemburgo (Alemanha), Saxônia (Alemanha), Boêmia Ocidental (atual República Checa), baixa Áustria (atual Áustria), Estíria do Norte (Áustria) e a Caríntia setentrional (Áustria). Dentre os atuais povos que são de origens eslavas estão os russos, bielorrussos, ucranianos, bósnios, croatas, macedônios, montenegrinos, checos, poloneses, eslovacos, eslovenos, sérvios, búlgaros, letãos, lituanos e estonianos. Segundo Tássilo Orpheus Spalding, na obra Dicionário das Mitologias Européias e Orientais, livro este base do presente trabalho, os povos eslavos estavam divididos em três grandes grupos:

 Eslavos Ocidentais: os poloneses ou lekhes, repartidos entre a Polônia, Rússia, Prússia (hoje parte da Alemanha), e a Áustria; os checos e os eslovacos nas regiões da Boêmia e Moravia (atual República Checa e Eslováquia); os vendes ou sorbes, entre a Lusácia (região nas atuais Alemanha, República Checa e Polônia), Prússia e o reino da Saxônia).

Eslavos Meridionais: iugoslavos, localizados na antiga Bulgária, Trácia (região nas atuais Grécia, Turquia e Bulgária), Macedônia, Croácia, Eslavônia (atual Croácia), Dalmácia (região nas atuais Croácia, Bósnia Herzegovina e Montenegro), Ístria (região nas atuais Croácia, Eslovênia e Itália), Montenegro, Herzegovina, Bósnia e Sérvia, e os eslovenos da Caríntia, da Carníola (atual Eslovênia) e de uma parte da Estíria e da Ístria.

Eslavos Orientais: russos, prutenos, ucranianos, bielo-russos e russos brancos.
A principal referencia para a Mitologia Eslava é o livro de Veles. Segundo a crença eslava, o principal símbolo cósmico era a Árvore do Mundo, Yggdrasil, que também era conhecida dos escandinavos. Os eslavos imaginavam que o mundo estava situado nessa árvore que segura todo o universo. Em sua copa estava o Paraíso eslavo, conhecido como Svarga, residência de Svarog. Em suas raízes estava o inferno, residência de Chernobog, Morena e Zmey. Segue abaixo a lista dos reinos:

YAV – O mundo material que fica localizado no tronco da árvore, onde estão os seres vivos.
NAV – Mundo imaterial.

PRAV – São as leis que governam os mundos acima citados.

Panteão dos deuses eslavos:

                                                                      DAZBOG 

                                           

Identificado como deus do sol, é filho de Svarog. É um dos principais deuses do culto eslavo, também identificado como um herói. Seu nome significa “dispensador de riqueza”. Segundo a mitologia eslava, Dazbog é um dos sete deuses cuja estátua o príncipe Vladimir de Kiev colocou em um altar erguido em frente ao seu palácio.

                                                                     PERUN

                                           

Deus supremo do panteão eslavo, também é o senhor das tempestades, dos relâmpagos, dos juramentos e do trovão. Era cultuado principalmente por nobres russos quievitas. Seu nome deriva de piorun, que significa “raio”. Em outras fontes era o responsável por fertilizar a terra e conhecido por ser temperamental. Possui semelhança com o deus nórdico Thor, por ter como arma um martelo que quando é atirado retorna a sua mão. Seu principal mito está ligado a Veles, deus do submundo, que roubou seu gado, filhos e esposa. Perun conseguiu derrotar Veles, o enviando novamente para o submundo.

                                                                     SVANTEVIT

                    

Divindade suprema, deus da guerra e do destino. Caracterizavam-no como policéfalo e em uma das mãos carregava uma trompa feita de metal precioso; seu sacerdote enchia de vinho essa trompa a fim de saber como seria a vindima, colheita das uvas. Seu nome significa “senhor forte”. Em outras versões o caracterizam como carregando uma espada ou um arco em uma mão e na outra um chifre. Dentre alguns elementos que dependiam de Svantevit estavam às vitórias nas batalhas, as viagens dos comerciantes e uma boa colheita.

                                                                    SVAROG

                                           

Deus do fogo e da ferraria. Os fieis, para atraírem a benevolência dessa divindade atiravam para o céu grãos a fim de assegurarem boas colheitas. Seu nome está ligado etimologicamente à palavra polonesa swarzýc, que significa “disputar”, “ficar colérico”. Em outras fontes é considerado o deus do céu e o criador do mundo, dos demais deuses e dos homens.

                                                              TRIGLAV

                                                 

Deus da Pomerânia Ocidental (região hoje entre a Alemanha e a Polônia) caracterizavam-no com três cabeças, cada uma representando os três reinos: Céu, Terra e Subterrâneo. Segundo os mitos essas cabeças representam os 3 mundos que o deus governou. Também atribuíam a Triglav ter sobre os olhos e os lábios uma liga de ouro para que ele não possa ver os pecados das pessoas e nem falar sobre elas. Possuía um templo em Szczecin, atual Polônia, notável por pela arte e riqueza que o adornava.

                                                                       VOLOS

                                                

Deus do gado, da propriedade e do comércio; era adorado pelos antigos checos.

                                                              ZARIA

                             

Deusa da beleza, conhecida também pelo epíteto “noiva celestial”. Também era conhecida como uma sacerdotisa da água que protegia guerreiros. Seu nome significa, em russo, “nascer do sol”.

                                                                     ZORYA

                                           

Deusas guardiãs da noite, sendo uma a estrela da manhã (Zorya Ultrennyaya) e a outra da tarde (Zorya Vechernyaya). Segundo a mitologia elas vigiam o cão Simargl, que está acorrentando na estrela Polaris da constelação de Ursa Maior. Caso a corrente quebre ele poderá devorar todo o universo. São as responsáveis por abrirem e fecharem os portões para a saída da carruagem do sol.

                                                                         ZIVA

                                            

Deusa adorada na Rússia, também identificada como deusa do amor e da fertilidade. Seu nome significa “viver, ser existente”. Seu equivalente masculino é Siebog.

                                                                   BERSTUK

                                           

Deus do mal das florestas.

                                                                        FLINS

                                                    

Deus da morte. Segundo a mitologia na Polônia havia uma grande pedra onde seriam realizados cultos a essa divindade.

                                                                KOLIADA

 b                      

Deusa responsável por trazer o sol a cada dia, também considerada deusa do céu. Sempre é perseguida por Mara que pretende dete-lá e deixar o mundo em uma escuridão total.

                                                      PORENUT e POREVIT 

                                         

 Deuses eslavos representados com cinco cabeças. Seu culto centrava-se em Charenza, na Rugia.

                                                                RADOGOST

                                             

Deus adorado na cidade Radoszcz; possuía um templo de madeira sustentado por cornos e chifres de animais, com imagens esculpidas nas paredes e no interior do templo. Também era adorado como deus da hospitalidade.

                                                                    RUIEVIT

                                        

Deus que possuía sete faces feitas de carvalho.

                                                                  STRIBOG 

                                           

Cultuado como deus dos ventos, do céu, do ar, ancestral dos ventos das oitos direções.

                                                                   KUPALA

                             

Deusa das ervas, feitiçaria, do sexo e do verão, sua origem é polonesa. Também era cultuada como a mãe d’água, associada às flores, árvores e ervas. Seu principal festival, conhecido como Sobótka, realizava-se no solstício de verão, onde se celebrava dois elementos: a água e o fogo.

.                                                                   KUPALO

                                      

Versão masculina de Kupala; é associado a São João, sendo sua festa no dia 24 de junho.

                                                                 MOKOSH

                                     

Deusa relacionada às atividades femininas da tosquia, fiação e tecelagem, de origem russa.

                                                                      ROD 

                                            
Na mitologia eslava é considerado o criador do universo; no neopaganismo é frequentemente considerado o criador de toda a vida existente.

                                                                    ZIRNITRA

                                       

Deus da feitiçaria, representando como um dragão negro. Seu nome significa “magicamente fortalecido”.

                                                                  ZLOTA BABA

                                       

Deusa de origem polonesa, chamada “mulher dourada”, por transmitir oráculos representados em ouro.

                                                                  IAROVIT

                                              

Deus da vegetação, da fertilidade e da primavera; comumente é associado a guerra e da colheita. Também era conhecido como “senhor severo” e seu culto estava centrado nas cidades de Wolgast e Havelberg (cidades atuais da Alemanha). Sua ligação com a guerra estar no uso de um escudo que era guardado em seu templo para obterem vitórias nas guerras. Segundo a mitologia, ao nascer Iarovit foi roubado e entregue ao deus do submundo, Veles, mas conseguiu renascer e assim iniciou o ciclo das estações do ano.

                                                                MORANA

                                             

Deusa da colheita, da bruxaria, do inverno e da morte. Seu mito ligado a colheita está relacionado com Iarovit por ser esposa deste. Ela foi a primeira a notar que Iarovit havia regressado do submundo e ambos apaixonaram-se. Segundo o mito, Iarovit traiu Morana e esta ou, segundo outra versão, Perun, o mata. Assim fica clara a função de deus da vegetação de Iarovit, o ciclo vegetativo das colheitas. Sem o marido Morana torna-se uma bruxa terrível e senhora do inverno.

                                                               BELOBOG

                                       

Deus da Luz e do Sol, geralmente cultuado como “deus branco” em oposição a Chernobog, deus da escuridão e da maldição. Esse simbolismo dualista, o branco e o preto, o bem e mal, foram comuns nos mitos eslavos. Segundo algumas pesquisas feitas por especialistas, diversas representações sobre essa dualidade foram encontradas, onde havia uma estrutura que melhor sintetizava esse mito: um rio correndo, onde do lado oeste com um nome que indicava o mal, a escuridão e do outro lado um pico com o sol e o céu.

                                                          CHERNOBOG

                                  

Deus da escuridão e da maldição, em contraposição a Belobog.

                                                             DODOLA

                                             

Deusa da chuva, e esposa de Perun, deus do trovão. Segundo os eslavos a origem da chuva estava ligada a Dodola quando esta retirava leite das vacas celestiais. Também afirmavam que na primavera saia voando e espalhava sobre as vegetações vernais, decorando as árvores e as flores.

                                                                 HORS

                                           

Deus do sol de inverno, da cura, da sobrevida, representado como o triunfo da saúde sobre a doença. A principal fonte onde cita Hors está no Conto da Campanha de Igor, onde descreve Hors como o deus do disco solar que se movia através do céu durante o dia e a noite sob o solo. Seu culto ganhou importância no reinado de Vladmir I de Kiev, na antiga Rússia, onde teve sua estátua colocada em frente a colina do palácio.

                                                              LADA

                          

Deusa da harmonia, da alegria, da juventude, do amor e da beleza. Seu nome é comumente citado em casamentos eslavos e bálticos, e em diversas canções populares.

                                                                    JUTHRBOG

                                              

                                                              Deusa da lua.

                                                                 KAREWIT

                                             

Deus protetor da cidade de Charenza na Rugia (antiga tribo germânica). É retratado com duas faces, uma cabeça de boi no seu peito e uma de galo no ventre. Também o descrevem com 6 cabeças, sendo 4 masculinas e 2 femininas.

                                                                   KRESNIK 

                                               

Deus do fogo, do solstício de verão e das tempestades. Comumente é associado à Svarog. Segundo a mitologia, Kresnik evoluiu de um herói nacional que residia em uma montanha com um cervo de chifres de ouro. Também foi reconhecido como um rei mítico que possuía uma magia forte.

                                                                    KOLIADA 

                                       

Deusa do céu, responsável por trazer a tona um novo sol todos os dias, sendo por isso caçada por Mara que tenta trazer a escuridão total para o mundo.

                                                                BEREHYNIA 

                                    
Deusa protetora do lar, anteriormente era cultuada como um espírito, mas depois foi elevada a categoria de deusa.

                                                                   JARILO
                                    
Divindade masculina da fertilidade, da vegetação, da primavera, também sendo associado à guerra e a colheita. É uma das divindades mais antigas do panteão eslavo. Ele é um dos filhos de Perun raptado por Veles, deus do submundo. Seu retorno do submundo corresponde à chegada da primavera nos cultos eslavos.

                                                               DZYDZILELYA

                                                   

Deusa do amor e do casamento na mitologia polonesa, também associada da sexualidade. Seus atributos assemelham-se aos da Afrodite grega e da Freia nórdica.

                                                            MAT ZEMLYA

                        

Denominação usada para diversas divindades ligada as plantas, o nascimento, criação, sendo também patronos dos trabalhos. Conhecida como Mãe Terra, faziam-se juramentos em seu nome tocando-a, assim como confessar pecados. Os devotos não lhe davam características humanas, adorando-a em sua forma natural.

                                                                  OZWIENA

                                                 

Deusa do eco, similar a ninfa grega. Representam-na como a comunicação humana, divulgadora de discursos e ações. Muitas vezes é descrita como a deusa da fofoca por ser incapaz de manter qualquer conversa secreta ou segredo. Se não gostasse de alguém, Ozwiena fazia com que o discurso dessa pessoa fosse distorcido. Também era adorada como deusa da fama e da glória.

PORVATA

Deus dos bosques. Não possui representação e era adorado como uma manifestação das florestas.

IPABOG

Deus da caça. É descrito como uma figura pequena, com uma cabeça enorme, barba longa e reta, usando um capacete redondo com dois chifres e um vestido sem forma que chega até os joelhos adornados com implementos de caça.

                                                       MAROIWIT 

                     

                                                       Deus dos Pesadelos

MARZYANA – Deusa dos grãos e das colheitas



                                                                   GABIJA

                                         

Deusa do fogo e da lareira na mitologia lituana, protetora do lar e das famílias, provedora da felicidade e da fertilidade. Podia assumir formas humanas e zoomórficas. Alimentavam-na com oferecendo pão e sal.

                                                        OYNYENA MARIA

                                         

                           Deusa do fogo na mitologia polonesa, auxiliar de Perun.

                                                              PEKLENC

                                

Divindade do submundo e juiz divino. Dominou o fogo subterrâneo pelo quais os metais e pedras preciosas eram forjadas. Como juiz divino punia os ímpios, mas dava oportunidade para se redimirem. Os que forem condenados transformavam-se em pedra, no caso dos cruéis, em lobisomens os briguentos e os que não tinham compaixão eram transformados em criaturas que se alimentavam dos seus próprios corpos. Também era capaz de punir povos inteiros através de inundações e punia também os péssimos governantes enviando espíritos malignos para que aqueles abandonassem seus reinos.

                                                         PERCUNATELE

                                                 
                                                                  Mãe de Perun

                                                                    PODAGA

                                                 

                                                 Deus da caça, da pesca e da agricultura.

                                                                    SIEBOG

                                             

                                      Deus do amor e do casamento. É casado com a deusa Ziva.

SILINIEZ – Deus-madeira da mitologia polonesa, sendo o musgo das madeiras sagrados ao seu culto.

                                                                            SUDICE

                                    

É o destino na mitologia eslava. Espíritos dos julgamentos são representados como três idosas que se aproximam das crianças recém-nascidas e predizem seu destino.

SUDZ – Deus do destino e da glória na mitologia polonesa. É ele quem determina quem será rico ou pobre: aqueles que nascem quando o deus espalha torrões de ouro estão destinados a serem ricos; quando espalha barro estão destinados a serem pobres.

                                                                         VARPULIS

                                   

                                       Deus dos ventos e das tempestades, companheiro de Perun.

ZEMYNA – Deusa da terra na mitologia lituana. Personifica a terra fértil e nutre toda a vida na terra. Seu culto também está ligado à morte porque segundo os mitos, tudo que surge da terra volta para a terra.

ZISLBOG – Deusa da lua na mitologia wendish.

ZYWIE – Deusa da saúde e da cura, da regeneração e do renascimento.

                                                               By Stela Bagwell