sexta-feira, 27 de novembro de 2015

BRUXAS: CONTEXTO HISTÓRICO E MITOLÓGICO

 

Uma bruxa é geralmente retratada no imaginário popular como uma mulher velha, nariguda e encarquilhada, exímia e contumaz manipuladora de Magia Negra e dotada de uma gargalhada terrível. É inegável a conexão entre esta visão e a visão da Hag ou Crone dos anglófonos. É também muito popularizada a imagem da bruxa como a de uma mulher sentada sobre uma vassoura voadora, ou com a mesma passada por entre as pernas, andando aos saltitos. Alguns autores utilizam o termo, contudo, para designar as mulheres sábias detentoras de conhecimentos sobre a natureza e, possivelmente, magia.
As bruxas tem andado sobre a Terra desde o começo do mundo, e o desenvolvimento da linguagem humana permitiu que elas criassem maldições, feitiços e rituais mais complexos. Por meio da tentativa erro, as bruxas também aprenderam o potencial das plantas tanto para envenenar quanto para curar. Muitas bruxas foram curandeiras benevolentes, seguiram um caminho para a luz e ajudaram comunidades inteiras, outras optaram se aliar às trevas e foram convencidas a vender a alma em troca da capacidade de realizar magia negra. Assim, com o passar do tempo, as bruxas foram consideradas rivais da religião organizada e, consequentemente, fora perseguidas, queimadas, decapitadas, enforcadas ou afogadas.


Algumas bruxas históricas adquiriram alguma notoriedade, como é o caso das chamadas Bruxas de Salem, a Bruxa de Evóra e Dame Alice Kytler (bruxa inglesa). São também bastante populares na literatura de ficção, como nos livros da popular série Harry Potter, nos livros de Marion Zimmer Bradley (autora de As Brumas de Avalon, que versam sobre uma vasta comunidade de bruxos e bruxas cuja maioria prefere evitar a magia negra, ou a trilogia sobre as bruxas Mayfair, de Anne Rice.
As bruxas foram implacavelmente caçadas durante a inquisição na Idade Média. Um dos métodos usados pelos inquisidores para identificar uma bruxa nos julgamentos do Santo Ofício consistia na comparação do peso da ré com o peso de uma Bíblia gigante. Aquelas que fossem mais leves eram consideradas bruxas, pois dizia-se que as bruxas adquiriam uma leveza sobrenatural. Outro modo pelo qual podia-se testar uma bruxa era a flutuação, neste teste a suposta bruxa era levada para uma lagoa ou o lago mais profundo, e suas mãos eram amarradas aos pés antes de ser jogada na água, se flutuasse  era considerada culpada e levada para ser queimada, se afundasse, era inocente , porém quando isso acontecia muitas mulheres inocentes morriam afogadas ou de pneumonia, no entanto este mostrou-se ser um método falho na identificação de supostas bruxas, pois, o fato de um corpo flutuar ou não depende muito da sorte e do tipo de corpo. As picadas também foram durante muito tempo uma forma de identificação de bruxas, era um teste igualmente cruel ao da flutuação, onde um alfinete ou punhal era enfiado com força na carne da suposta bruxa para encontrar a marca do diabo, ou seja, uma parte do corpo insensível à dor, muitas vezes a marca era invisível, mas uma verruga ou descoloração da pele era considerada uma forte evidencia da culpa da acusada.


Frequentemente as bruxas são associadas a gatos pretos, que para as bruxas tradicionais são os chamados Puckerel, muitas vezes tidos como espíritos guardiões da Arte das Bruxas, que habitam o corpo de um animal. Estes costumam ser designados na literatura como Familiares. Diziam que as bruxas voavam em vassouras à noite e principalmente em noites de lua cheia, que faziam feitiços e transformavam as pessoas em animais e que eram más.
Hoje em dia essas antigas superstições como a da bruxa velha da vassoura na lua cheia já foram suavizadas, devido à maior tolerância entre religiões, sincretismo religioso e divulgação do paganismo. Gerald Gardner tem destaque nesse cenário como o pai da Religião Wicca- A Religião da Moderna Bruxaria Pagã, formada por pessoas que são bruxos e que utilizam a "Arte dos Sábios" ou a "Antiga Religião" mesclada a práticas e conhecimentos de outras tradições. A classificação de magia como negra e branca não existe para os bruxos, pois se fundamentam nos conceitos de bem e mal, que não fazem parte de suas crenças, por isso, como costumam dizer, toda magia é cinza.

                                         

A Arte das Bruxas como era feita antes é chamada de bruxaria tradicional, ainda remanescendo até os dias atuais em grupos seletos, via de regra ocultos. Hoje também pode-se encontrar uma vasta quantidade de livros e sites que explicam a "Antiga Religião" mas geralmente se tratam de Wicca, pois os membros de grupos de bruxaria tradicional costumam preferir o ostracismo, revelando-se publicamente apenas em ocasiões especiais ou para que novos candidatos os localizem.
À afirmativa de existência de bruxas à forma retratada em registros da Idade Média, incluindo histórias infantis que permaneceram em evidência até os dias atuais, admite-se uma ressalva: elas parecem ter existido apenas no imaginário popular como uma velha louca por feitiços enigmáticos, surgidas na esteira de uma época dominada por medos, quando qualquer manifestação diversa ou mesmo a crença na inexistência de bruxas da forma retratada pelas autoridades clericais era implacavelmente perseguida pela Igreja.
A feitiçaria já era citada desde os primeiros séculos de nossa era. Autores como o filósofo grego Lúcio Apuleio (123-170) fazia alusão a uma criatura que se apresentava em forma de coruja (Hécate) que na verdade era uma forma descendente de certas mulheres que voavam de madrugada, ávidas de carne e sangue humano.
Para os intelectuais, estes acontecimentos não passavam do imaginário popular, sonhos, pesadelos e, assim, recusavam-se a admitir a existência de bruxas. Porém, entre muitos povos não era assim: os éditos dos francos salianos falavam da Estrige como se ela existisse de fato. Os penitenciais atestavam a crença nessas mulheres luxuriosas. No início do século XI, Burcardo, o bispo de Worms, pedia aos padres que fizessem perguntas às penitentes no intuito de descobrir se eram seguidoras de Satã, (…) se tinham o poder de matar com armas invisíveis cristãos batizados (…) Se sim, quarenta dias de jejum e sete anos de penitências.
Até ao século XIII a Igreja não condenava severamente esse tipo de crendice. Mas nos século XIV e XV, o conceito de práticas mágicas, heresias e bruxarias se confundiam no julgo popular graças à ignorância. Eram, em geral, mulheres as acusadas. Hereges, cátaros e templários foram violentamente condenados pela Inquisição, tomando a vez aos judeus e muçulmanos, que eram os principais alvos da primeira inquisição (século XIII). Curiosamente, foi exatamente a partir da primeira inquisição que a iconografia cristã passou a representar o "Arcanjo Decaído" não mais como um arcanjo, mas com a aparência de deuses pagãos, como Pã e Cernunnos. Tal fato levou, séculos após, à suposição de que bruxas eram adoradoras do demônio, o que não faz sentido, uma vez que a figura do demônio faz parte do dogma cristão, não pertencendo às crenças pagãs e nem existindo personagem de caráter equivalente ao diabo em qualquer panteão pagão. 

       

O uso alternativo do nome Lúcifer para designar o mal encarnado, na visão cristã, agravou a ignorância a respeito do culta das bruxas, uma vez que o nome Lúcifer, pela raiz latina, representa portador/fabricante da luz (Lux Ferre), inescapável semelhança ao mito grego de Prometeu, que roubou o fogo dos céus para trazê-lo aos homens.

Perseguição às bruxas.

O movimento de repressão à bruxaria, iniciado na Idade Média, alcançou maior intensidade no século XV para, na segunda metade do século XVII, ter diminuída sua chama: o número de processos de feitiçaria no norte da França aumentou de 8, no século XV, para 13 na primeira metade do século XVI, e 23 na segunda metade, chegando a 16 na primeira metade do século XVII, diminuindo para 3 na segunda metade daquele século e para um único no seguinte. (Claude Gauvard - membro do Institut Universitaire de France).
Em 1233 o Papa Gregório IX admitiu a existência do sabbat e esbat. O Papa João XXII, em 1326, autorizou a perseguição às bruxas sob o disfarce de heresia. O Concílio de Basileia (1431-1449) apelava à supressão de todos os males que pareciam arruinar a Igreja.
Uma psicose se instalou. Comunidades do centro-oeste da França acusavam seus membros de feitiçarias. Na Aquitânia (1453) uma epidemia provocou muitas mortes que foram imputadas às mulheres da região, de preferência as muito magras e feias. Presas, submetidas a interrogatórios e torturadas, algumas acabavam por confessar seus crimes contra as crianças, e condenadas à fogueira pelo conselheiro municipal. As que não confessavam eram, muitas vezes, linchadas e queimadas pela multidão, irritada com a falta de condenação.
Os tratados demonológicos e os processos de feitiçaria se multiplicaram, por volta de 1430, marcando uma nova fase da história pré-iluminista, de trágicas dimensões. Em 1484 o Papa Inocêncio VIII promulgou a bula Summis desiderantes affectibus, confirmando a existência da bruxaria. Em 1484 a publicação do Malleus maleficarum ("Martelo das Bruxas") orientou a caça às bruxas com ainda maior violência que obras anteriores, associando heresia e magia à feitiçaria. A Inquisição, instituída para combater a heresia, agravou a turba de seguidores inspirados por Satã. Havia, ainda, um componente sexista. Os bruxos existiam, mas eram as mulheres, sobretudo, que iam queimadas nas fogueiras medievais.

 A perseguição aos acusados de bruxaria durou mais de 300 anos

  

1428

Na cidade de Valais, na Suíça, acontece o primeiro julgamento coletivo de pessoas acusadas como bruxas. Não se conhecem detalhes dos processos ou da quantidade de acusados e condenados, pois os registros foram na maior parte destruídos.

1692

Na cidade de Salem, nos EUA, 150 pessoas são presas sob acusação de bruxaria, depois que algumas meninas alegaram ter sido enfeitiçadas. Um tribunal especial é estabelecido para julgar o caso. Dezenove pessoas são condenadas à morte e enforcadas.

1793

Embora a data e o local sejam bastante controversos, a última execução por ordem judicial de suspeitas de serem bruxas na Europa parece ter acontecido na Polônia - duas mulheres foram queimadas na fogueira.

1586

Publicação do livro O Martelo das Bruxas, escrito por dois frades dominicanos. Por possuir valor legal e religioso (o livro era aceito por católicos e protestantes), a obra serviu nos dois séculos seguintes como manual para identificar e eliminar bruxas.

Feiticeiras Humanas

Bruxas da água e feiticeiras lâmias são humanas apenas em parte, mas cada tipo de feiticeira totalmente humana pode ser dividido em quatro categorias gerais:

* As Benevolentes: Mulheres sábias que têm um grande conhecimento de ervas e poções, algumas são parteiras, outras, curandeiras e salvam muitas vidas, elas servem à luz e a remuneração é pequena, se os clientes forem pobres, costumam trabalhar em troca de nada. São mulheres confiáveis, que não foram corrompidas e estão sempre prontas a ajudar.

* As falsamente Acusadas: Pobres mulheres perseguidas por caçadores de bruxas, geralmente vítimas de fofocas maliciosas, muitas vezes existe conspirações entre caçadores e aldeões para condená-las por um motivo ou outro, como se apossarem de sua casa e seus pertences.

* As Malevolentes: Feiticeiras que obtêm seus poderes das trevas e visam apenas seus interesses, sem considerar as consequências para outras pessoas, causando o mal propositadamente. Algumas servem diretamente ao Diabo, outras agem de acordo á própria vontade. Possuem grande poder e habilidade, a feitiçaria é praticada para a sobrevivência, num sentido mais abrangente, reinos inteiros podem surgir ou decair por conta do capricho de uma feiticeira poderosa.

* As Inconscientes: Bruxas que podem passar toda vida sem perceber o próprio potencial, isso nunca acontece quando há um Coven responsável por ela, que rapidamente a identifica e a força a desenvolver suas habilidades para o bem do clã. Em algumas aldeias distantes era comum as habilidades pular duas ou três gerações quando era manifestada em uma criança que não tinha qualquer consciência alguma de seu poder. Muitas vezes este potencial era revelado durante uma crise, como quando sua vida ou a vida de algum ente querido era ameaçada.

                                   Feiticeiras Celtas

                                   

Bruxas, sobretudo, das regiões da Irlanda, algumas vezes chamada de Ilha Esmeralda, por causa dos pastos verdes e exuberantes, uma terra misteriosa, frequentemente envolta por névoa. Pouco se sabe sobre essas feiticeiras celtas, além do fato de venerarem a Deusa Antiga Morrigan e de agirem sozinhas e não pertencerem á clãs. As bruxas celtas formavam alianças temporárias com magos de bodes da região, que, as usavam como assassinas para matar seus inimigos.

                                       Feiticeiras Lâmias

                                 

A primeira Lâmia foi uma feiticeira poderosa e de grande beleza. Ela amava Zeus, o deus dos deuses antigos, que já era casado com a deusa Hera. Por imprudência a Lâmia concebeu filhos de Zeus. Ao descobrir isso, em uma cólera movida por ciúmes, Hera matou todas as infelizes crianças, menos uma. Movida pela dor, a Lâmia começou a matar crianças por toda parte, e os córregos e rios se tornaram vermelhos com seu sangue. O ar estremecia com os gritos dos pais enlouquecidos. Por fim os deuses a puniram e alteraram sua forma, de modo que a parte inferior do corpo fosse sinuosa e tivesse escamas como as de uma serpente.
Assim modificada, ela voltou suas atenções para os homens jovens, ela os atraía para uma clareira na floresta, mostrando somente a bela cabeça e os ombros acima da grama verde e exuberante. Depois de seduzi-los para que se aproximassem, enrolava bem apertado a parte inferior do corpo ao redor da vítima e retirava o ar do corpo impotente, à medida que a boca se alimentava em seu pescoço, até drenar a última gota de sangue.
Mais tarde, a Lâmia teve um amante chamado Chaemog, uma espécie de aranha que habitava as cavernas mais profundas da Terra. Ela concebeu trigêmeas e, estas foram as primeiras feiticeiras lâmias.
                                                                       Chaemog

Em seu décimo terceiro aniversário, as três discutiram com a mãe e, após uma briga terrível, cortaram seus membros e fizeram seu corpo em pedaços. As lâmias deram cada um dos pedaços do corpo da mãe, incluindo o coração, a uma vara de javalis selvagens. As três feiticeiras lâmias atingiram a idade adulta e se tornaram temidas. Eram criaturas com uma vida muito longa e, por meio do processo de partenogênese ( sem necessidade de um macho ), cada uma deu á luz alguns filhos. Ao longo de séculos, a raça de feiticeiras lâmias começou a evoluir e os padrões de acasalamento se modificaram. Aquelas que conviviam com os homens assumiram características humanas e, algumas vezes, deram à luz híbridos, as que evitaram a companhia de seres humanos mantiveram a forma original e continuaram a te filhos sem pais.
As feiticeiras lâmias podem ser classificadas como ferinas ou domésticas. As primeiras mantêm a forma das originais, das trigêmeas que saíram do útero da Lâmia. Na forma ferina, a maioria se move nas quatro patas, tem garras afiadas e bebe o sangue de seres humanos e animais. Elas usam magia do sangue e podem chamar as vítimas á sua presença e mantê-las cativas assim como um furão hipnotiza um coelho. Sua terra natal é a Grécia, mas frequentemente, espalham-se muito além das fronteiras.


As que são classificadas como domésticas têm aparência humana, a não ser por uma fileira de escamas verdes e amarelas que percorre o comprimento de sua espinha. Elas também usam a magia do sangue, mas multiplicaram-ma com a magia dos ossos; algumas até usam familiares.


As feiticeiras lâmias mudam de forma lentamente, aquelas que se associam aos seres humanos, aos poucos, assumem a forma de uma mulher. O oposto também é verdadeiro, amarrada em uma cova ou, de alguma maneira, afastada da comunicação com as pessoas, uma feiticeira lâmia doméstica, aos poucos, retorna á forma ferina.
Algumas feiticeiras lâmias, chamadas vaengir, também tem asas, podem voar por distâncias curtas e atacam as vitimas no ar. Elas são relativamente raras e parecem condenadas á extinção.
Lâmias híbridas assumem muitas formas, as que nascem de pais humanos nunca são totalmente humanas nem totalmente lâmias.

Feiticeiras da Água

Essas feiticeiras são muito mais animais que humanas, e praticamente perderam a capacidade de falar, vivem em pântanos, rios, canais e fossos, ao contrário das feiticeiras humanas, têm a capacidade de atravessar a água corrente, no entanto, não podem usar espelhos, nem se comunicar nem espiar os outros. Um nome que costuma ser dado às feiticeiras da água é Dentes Verdes, por causa do limo verde que, algumas vezes, se forma sobre os lábios e os dentes delas. Com frequência os pais avisam os filhos para ficarem longe de todos os locais onde pode haver Dentes Verdes à espreita. Seus narizes são pontudos e não tem carne, e os caninos são compridos feito presas imensas, elas fisgam a presa usando os indicadores com garras afiadas como navalhas, seu objetivo sempre é rasgar a garganta, é quase impossível escapar, pois as feiticeiras da água são muito fortes, arrastam a vítima para o pântano ou para a água e drenam seu sangue enquanto elas se afogam.

Morwena

A mais velha e poderosa de todas as feiticeiras da água é Morwena, ela pode ter mais de mil anos, seu pai é o Maligno, sua mãe, uma feiticeira que habita as cavernas mais úmidas e profundas da Terra. Além de todos os atributos de uma feiticeira da água comum, ela tem um olho cheio de sangue com o qual consegue paralisar sua vítima, mas, seu poder tem limitações, esse olho somente pode ser utilizado contra uma pessoa de cada vez, ela também, conserva sua força e, quando não o esta usando, prende as pálpebras com um pedaço de osso afiado, a Morwena também não pode se afstar muito de seu elemento vital, brejo e água ou sua força começa a diminuir. Existe um livro de Bill Arkwright que fala sobre ela.

Feiticeiras Romenas

Duas coisas distinguem essas feiticeiras; a capacidade de projetar a própria alma para longe do corpo durante o sono, se reunindo com outras almas em vales sombrios, assumindo a forma de pequenas esferas de luz bruxuleante que se movem juntas no ritmo de uma dança. Esses covens desencarnados nem sempre tem treze feiticeiras, que é o número costumeiro em todo o lugar, mas elas sempre estão em números ímpares, e a maior parte costuma dançar em grupos de sete, nove ou onze. A segunda capacidade dessas feiticeiras é dominar seres humanos que são atraídos por esses orbes luminosos, quando a dança termina, eles morrem, em seguida, as feiticeiras absorvem lentamente sua vitalidade.
Feiticeiras romenas usam magia anímica, isso significa que ao contrário da magia dos ossos e do sangue, essas bruxas retiram a essência vital de suas vítimas e a usam juntamente com rituais e encantamentos para acumular poder das trevas.
As feiticeiras romenas cultuam Siscoi, o deus antigo romeno, e tem poder para traze-lo até nosso mundo através de um portal à meia-noite, embora, ele possa ficar apenas até ao amanhecer. Elas também formam alianças com strigoi e strigoica, os demônios vampiros, e podem controlar os elementais da Transilvânia, conhecidos como moroi, como um auxílio para drenar a força vital dos seres humanos.
O poder da magia negra obtido é usado sobretudo para: invocar o deus vampiro, Siscoi, das trevas, matar seus inimigos, prever o futuro, controlar os seres humanos que vivem no território que escolheram e acumular riquezas.
As feiticeiras romenas são muito ricas e vivem sozinhas em habitações grandes e isoladas, não formam clãs, e somente se encontram quando enviam suas almas para se unirem temporariamente nos covens.

                                                Covens

                                              

Um coven é formado por treze feiticeiras que se reúnem para praticar magia negra, normalmente, em festas especiais como Candlemas ( 2 de fevereiro ), Noite de Walpurgis ( 30 de abril ), Lammas ( 1º de agosto ) e Halloween ( 31 de outubro ).
Os covens se reúnem à meia-noite nessas festas e, de vez em quando, ao retirar poder da adulação de seus adoradores, o Malígno se materializa brevemente para aceitar obediência e conferir poder das trevas.

                                        Poderes das Bruxas


Magia Anímica

Esse tipo de poder também é praticado pela categoria dos magos, conhecidos como xamãs, mas quem mais as praticam são as feiticeiras romenas, elas se alimentam do animus, a essência vital de uma criatura, não é a alma, é a vitalidade e energia que anima o corpo e a mente. Elas não tiram o sangue, mas retiram o animus diretamente pela força da vontade e de encantamentos, algumas vezes, durantes semanas ou meses. O corpo da vítima torna-se cinzento e enrugado, e murcha até a pele se assemelhar a um pergaminho seco sobre ossos frágeis. Algumas vezes, em estágios posteriores, a vítima parece morta, mas ainda caminha, respira e seu coração bate sem força, mas seus olhos não enxergam e ela não pode falar, nesse estágio, a morte esta muito próxima. Ocasionalmente, quando sete ou mais feiticeiras estão reunidas, a vítima cai morta em segundos, mais uma vez a retirado do animuis é acompanhada pela força de vontade e dos encantamentos. As feiticeiras romenas nunca anotam os feitiços, eles são decorados e passados de geração em geração.

Magia do Sangue

Esse é o tipo mais fundamental de magia praticada pelas feiticeiras, elas podem evoluir para níveis mais elevados de magia dos ossos ou magia familiar, mas todas começam nesse estágio e continuam a usá-la de vez em quando, durante suas vidas. O sangue esta presente em rituais, principalmente, na época dos maiores sabás , beber quantidades abundantes de sangue de crianças aumenta a potência da magia negra, ela intensifica a cristalomancia e as maldições, e as últimas são usadas para causar a morte de inimigos à distancia .

Magia dos Ossos

Esse nível de magia esta um nível acima da magia do sangue, ossos de animais podem ser usados, mas ossos humanos, em especial, os do polegares, são os mais valiosos. Os ossos dos polegares de um sétimo filho de um sétimo filho são o maior premio de todos. Um dos usos mais conhecidos dessa magia, é criar um cemitério de ossos, um local mortal para capturar descuidados. Depois de beber o sangue espremido dos polegares da vítimas ainda vivas, a feiticeira invoca as trevas por meio de encantamentos, corta os ossos dos polegares e os enterra no centro do terreno. Quando alguém perambula pelo cemitério de ossos, os próprios ossos se tornam muito pesados e a pessoa fica amarrada no lugar, o resultado é a lenta inanição.

Magia Elemental

                      

Em seu nível mais fundamental, essa forma de magia costuma ser praticada por feiticeiras novatas que são treinadas em um clã ou por feiticeiras inconscientes , que frequentam locais solitários onde se sentem em sintonia com a natureza. Com frequência, essas últimas percebem uma presença próxima, desconhecido para elas, é um espírito elemental emergente, que se alimenta e cresce  graças ao contato com a mente humana curiosa. Ao se concentrar no resultado que quer, a novata feiticeira malevolente pode usar o poder do elemental para desejar o mal. O elemental fará a vontade dela e exercerá seu poder sobre a pobre vítima escolhida. A morte é uma consequência rara de tal parceria malvada, mas são comuns os terrores noturnos, a saúde abalada e as infestações de piolhos.
Usada por praticantes hábeis e experientes , a magia elemental é muito poderosa. Elementais totalmente desenvolvidos, como barghests e mori, são usados como guardiões e assassinos. Os últimos, em particular, são uma ameaça mortal na Romênia onde, sob controle de demônios, possuem ursos e atacam as vítimas determinadas com fúria terrível.

Magia Familiar

É a mais poderosa das três categorias de magia usada por feiticeiras, embora suas praticantes também possam usar, de vez em quando, magia do sangue e dos ossos. A magia desse tipo tem um potencial terrível e tremendo. A feiticeira amarra uma criatura à sua vontade, primeiramente, alimentando o familiar escolhido com o próprio sangue. Quando ele esta amarrado á ela, o sangue das vítimas pode ser substituído, a criatura efetivamente se torna uma extensão do corpo da feiticeira, é como se ela pudesse separar sua mão e fazê-la agir à distância A criatura se torna seus olhos e seus ouvidos e as possibilidades proporcionadas por essa magia terrível são inúmeras e variadas, dependendo do tipo de criatura que a feiticeira escolhe como seu familiar. Com frequência, as feiticeiras tem mais de um, e cada um deles serve para um objetivo diferente. Um gato pode ser usado para espionar um feiticeira inimiga, arrancar os olhos dela ou até matar seu filho ao sentar-se sobre o rosto da criança e sufocá-la enquanto dorme.
Morcegos e pássaros têm a vantagem de voar e permitem à feiticeira procurar vítimas e inimigos, normalmente, ela prefere pássaros noturnos, como as corujas e os pássaros -cadáveres. Gatos, em especial os pretos,  são provavelmente os familiares mais populares e muitas feiticeiras os escolhem por causa da natureza felina, eles são rápidos e esquivos, mas também cruéis, brincam com a presa antes de devorá-las.
As serpentes também são comuns, sobretudo pela sua habilidade para matar. Sapos são os familiares menos perigosos e costumam ser usados por feiticeiras isoladas muito velhas, no entanto são os familiares favoritos de feiticeiras da água, bem adaptados ao terreno pantanoso em que habitam, e, de sua pele, escorre um veneno perigoso.
Finalmente, há os familiares de ordem superior, entidades como demônios que são considerados perigosos e poderosos demais para serem usados como familiares, apenas as feiticeiras muito fortes ousam tentar isso e algumas conseguem.


By Stela Bagwell

Fontes; Wikipédia e O Bestiário de John Gregory, o Caça-Feitiços

Um comentário:

  1. Nossa, muito bom esse artigo, muito bom mesmo. Ainda mais que eu estou na atmosfera do mundo do caça feitiço.

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