Os gregos e
os romanos construíram diversos templos para seus deuses, locais em que faziam
orações e rituais, entre que se incluíam sacrifícios de animais. Os deuses
gregos eram semelhantes aos deuses romanos. Mas alguns deuses romanos possuem
diferença significativas com relação aos deuses gregos. Na religião grega, os
nomes são em grego. Na religião romana, os nomes são em latim.
A mitologia
greco-romana se originou da junção das religiões grega e romana. As duas se
fundiram por apresentarem aspectos semelhantes; as suas tradições, por exemplo.
Com isso, deu origem a uma vasta série de entidades lendárias e mitológicas,
nas quais se encontram os deuses. Poetas como Homero narravam as histórias dos
deuses e os apresentavam como pessoas humanas, mas que continham poderes além
dos seres humanos, interligados à natureza. Por isso o poder em mover mares,
enviar raios, tempestades, entre outros.
A mitologia
tornou-se única entre os dois povos – gregos e romanos. O que difere uma da
outra são os nomes dos deuses. Na religião grega, os nomes são gregos e na
religião romana, a nomenclatura aparece em latim. Por exemplo Júpiter e Zeus,
que é o mesmo deus, governante do Monte Olimpo, mas chamados diferentemente, o
primeiro é como os romanos denominam e o segundo como os gregos chamam.
As
divindades eram consideradas os senhores da natureza, cujas forças eram regidas
por fenômenos naturais e seus físicos se baseavam no modelo humano. A partir da
fé depositada nos deuses por gregos e romanos, estes construíram templos para
os adorarem e seguirem alguns rituais, dentre eles, sacrifício de animais e
algumas oferendas. Além disso, cada deus tinha um período do ano para ser
comemorado entre seus adoradores. Um exemplo é a bacante, festa dedicada a
Baco, deus do vinho.
A mitologia
greco-romana tem muitas contribuições espalhadas por todo o mundo. Suas lendas,
histórias e divindades são lembradas e estudadas até hoje, servindo como tema
de muitas pesquisas distribuídas em todas as áreas de estudo, como por exemplo,
a matemática e filosofia, ambas originárias da Grécia. Na arte é bastante comum
ter a mitologia como pano de fundo pras mais variadas obras. Michelângelo e
Rafael foram artistas que retrataram a mitologia greco-romana em suas obras.
Se
conseguimos compreender a importância da herança grega para nossa civilização
contemporânea - que está cerca de 3000 anos distante dela - não é difícil
imaginar a influência que os gregos exerceram nas civilizações que lhes eram
mais próximas em termos temporais. É o caso dos romanos, por exemplo, que
dominaram a Grécia política e militarmente. No entanto, culturalmente, adaptaram-se
aos modelos gregos.
Mas podemos
ir mais além. Se o fim do Império Romano do Ocidente, em 476 d.C., representa o
fim da influência greco-romana nos padrões culturais do mundo ocidental, que
passou a ser modelado pelo cristianismo, por outro lado, a cultura e a
mitologia greco-romana são retomadas ao fim da Idade Média no período que ficou
conhecido como Renascimento, bem como no século 18, quando se desenvolve um
movimento cultural conhecido como Neoclassicismo.
Religião e
arte
Por outro
lado, é importante deixar claro que a mitologia grega ou greco-romana, em suas
origens mais remotas está ligada a uma visão de mundo de caráter religioso. Ao
contrário, à medida que avançamos no tempo em direção aos nossos dias, a
mitologia vai se esvaziando do significado religioso e ganhando,
principalmente, um caráter artístico. Em outras palavras, no século 15, ao
retratar uma deusa greco-romana como Vênus, o pintor Sandro Botticelli não a
encarava como uma entidade religiosa, mas como um ideal estético de beleza.
Na verdade,
mesmo em termos de Antiguidade, é muito difícil fazer uma separação entre
mitologia e arte. A arte da Grécia antiga, por exemplo, trata essencialmente de
temas mitológicos. E foi através da arte que tomamos contato com a mitologia
grega: além de uma grande quantidade de templos (arquitetura), de esculturas,
baixo-relevos e pinturas, a literatura grega é a principal fonte que temos
dessa mitologia. Em especial, podemos destacar a obra de Homero, a
"Ilíada" e a "Odisseia", que datam provavelmente do século
9 a.C., e a de Hesíodo, "Teogonia", escrita possivelmente no século
seguinte.
Homero e
Hesíodo

Essas três
obras podem ser consideradas as fontes básicas para o conhecimento da mitologia
grega. A "Teogonia" narra a origem dos deuses (Theos, em grego,
significa deus). Já a "Ilíada" e a "Odisseia" tratam de
aventuras de heróis, respectivamente Aquiles e Odisseu, embora a participação
dos deuses em ambas as narrativas sejam fundamentais. No entanto, além delas
existem ainda muitas outras obras antigas que têm como personagens entidades
mitológicas - sejam deuses, semi-deuses ou heróis. Entre elas, merecem destaque
as tragédias (obras teatrais) de Ésquilo, Sófocles e Eurípedes, pois através
delas conseguimos perceber com maior facilidade o significado simbólico que os
mitos têm para a própria existência humana. Por meio delas, talvez se evidencie
mais o significado que os mitos têm em termos psicológicos, que acabaram
levando psiquiatras como Sigmund Freud e Carl Jung a analisar o significado dos
mitos.
Vamos deixar
de lado, porém, o significado ou os significados dos mitos. Tudo o que se disse
até agora teve como exclusiva função apresentar o contexto que envolve os mitos
apenas para podermos apresentar a você, leitor, os próprios mitos, ou melhor,
pelo menos alguns deles.
A luta pelo
poder
É
interessante começar dizendo que os gregos não acreditavam que o universo
tivesse sido criado pelos deuses. Ao contrário, eles acreditavam que o universo
criara os deuses. Antes de mais nada, existiam o Céu e a Terra, que geraram os
Titãs, também chamados de deuses antigos. O mais importante deles foi Cronos
(ou Saturno, para os romanos), que reinou sobre todos os outros. No entanto, o
Destino - uma entidade à qual os próprios deuses estavam submetidos -
determinara que Cronos seria destronado por um de seus filhos. Por isso, mal
eles saíam do ventre materno, Cronos os devorava. Réia, sua mulher, resolveu
salvar seu último filho, escondendo-o do marido. Este filho, Zeus, cumpriu a
profecia, destronou Cronos e retirou de seu estômago todos os irmãos que haviam
sido devorados. Com eles, Zeus passou a reinar sobre o mundo, de seu palácio no
topo do monte Olimpo. A corte de Zeus era formada por outros onze deuses, seus
irmãos, sua esposa e seus filhos, como se vê a seguir:

GAIA
É a Deusa da Terra, a Mãe Terra, como elemento primordial e
latente de uma potencialidade geradora incrível. Segundo Hesíodo, no princípio
surge o Caos, e do Caos nascem Gaia, Tártaro, Eros (o amor), Érebo e Nix (a
noite). Gaia gera sozinha Urano, Ponto e as Óreas (as montanhas). Ela gerou
Urano, seu igual, com o desejo de ter alguém que a cobrisse completamente, e
para que houvesse um lar eterno para os deuses "bem-aventurados". Com
Urano, Gaia gerou os 12 Titãs: Oceano, Céos, Crio, Hiperião, Jápeto, Teia,
Reia, Têmis, Mnemosine, a coroada de ouro Febe e a amada Tétis; por fim nasceu
Cronos, o mais novo e mais terrível dos seus filhos, que odiava a luxúria do
seu pai. Após, Urano e Gaia geraram os Ciclopes e os Hecatônquiros (Gigantes de
Cem Mãos e Cinquenta Cabeças). Sendo Urano capaz de prever o futuro, temeu o
poder de filhos tão grandes e poderosos e os encerrou novamente no útero de
Gaia. Ela, que gemia com dores atrozes sem poder parir, chamou seus filhos
Titãs e pediu auxílio para libertar os irmãos e se vingar do pai. Somente
Cronos aceitou. Gaia então tirou do peito o aço e fez a foice dentada.
Colocou-a na mão de Cronos e os escondeu, para que, quando viesse Urano,
durante a noite não percebesse sua presença. Ao descer, Urano, para se unir
mais uma vez com a esposa, foi surpreendido por Cronos, que atacou-o e
castrou-o, separando assim o Céu e a Terra. Cronos lançou os testículos de
Urano ao mar, mas algumas gotas caíram sobre a terra, fecundando-a. Do sangue
de Urano derramado sobre Gaia, nasceram os Gigantes, as Erínias as Melíades.
Após a queda de Urano, Cronos subiu ao trono do mundo e libertou os irmãos. Mas
vendo o quanto eram poderosos, também os temia e os aprisionou mais uma vez.
Gaia, revoltada com o ato de tirania e intolerância do filho, tramou uma nova
vingança. Quando Cronos se casou com Reia e passou a reger todo o universo,
Urano lhe anunciou que um de seus filhos o destronaria. Ele então passou a
devorar cada recém-nascido por conselhos do pai. Mas Gaia ajudou Reia a salvar
o filho que viria a ser Zeus. Reia então, em vez de entregar seu filho para
Cronos devorar entregou-lhe uma pedra, e escondeu seu filho em uma caverna. Já
adulto, Zeus declarou guerra ao pai e aos demais Titãs com a ajuda de Gaia. E
durante cem anos nenhum dos lados chegava ao triunfo. Gaia então foi até Zeus e
prometeu que ele venceria e se tornaria rei do universo se descesse ao Tártaro
e libertasse os três Ciclopes e os três Hecatônquiros. Ouvindo os conselhos de
Gaia, Zeus venceu Cronos, com a ajuda dos filhos libertos da Terra e se tornou
o novo soberano do Universo. Zeus realizou um acordo com os Hecatônquiros para
que estes vigiassem os Titãs no fundo do Tártaro. Gaia pela terceira vez se
revoltou e lançou mão de todas as suas armas para destronar Zeus. Num primeiro
momento, ela pariu os incontáveis Andróginos, seres com quatro pernas e quatro
braços que se ligavam por meio da coluna terminado em duas cabeças, além de
possuir os órgãos genitais femininos e masculinos. Os Andróginos surgiam do
chão em todos os quadrantes e escalavam o Olimpo com a intenção de destruir
Zeus, mas, por conselhos de Têmis, ele e os demais deuses deveriam acertar os
Andróginos na coluna, de modo a dividi-los exatamente ao meio. Assim feito,
Zeus venceu. Em uma outra oportunidade, Gaia produziu uma planta que ao ser
comida poderia dar imortalidade aos Gigantes; todavia a planta necessitava de
luz para crescer. Mas ao saber disto Zeus ordenou que Hélio, Selene, Eos e as
Estrelas não subissem ao céu, e escondido nos véus de Nix, ele encontrou a
planta e a destruiu. Mesmo assim Gaia incitou os Gigantes a colocarem as
montanhas umas sobre as outras na intenção de subir o céu e invadir o Olimpo.
Mas Zeus e os outros deuses venceram novamente. Como última alternativa, enviou
seu filho mais novo e o mais horrendo, Tifão para dar cabo dos deuses e seus
aliados, mas os deuses se uniram contra a terrível criatura e depois de uma
terrível e sangrenta batalha, eles conseguem vencer o último filho de Gaia.
Enfim, Gaia cedeu e acordou com Zeus que jamais voltaria a tramar contra seu
governo. Dessa forma, ela foi recebida como uma Deusa Olímpica.
URANO

Urano era uma divindade da mitologia grega que personificava
o céu. Foi gerado espontaneamente por Gaia (a Terra) e casou-se com sua irmã.
Ambos foram ancestrais da maioria dos deuses gregos, mas nenhum culto dirigido
diretamente a Urano sobreviveu até a época clássica e o Deus não aparece entre
os temas comuns da cerâmica grega antiga. Não obstante, a Terra, o Céu e Estige
podiam unir-se em uma solene invocação na épica homérica. Urano tem vários
filhos (e irmãs), entre os quais os Titãs, os Ciclopes e os Hecatônquiros
(seres gigantes de 50 cabeças e 100 braços). Ao odiar seus filhos, mantem todos
presos no interior de Gaia, a Terra. Esta então instigou seus filhos a se
revoltarem contra o pai. Cronos, o mais jovem, assumiu a liderança da luta
contra Urano e, usando uma foice oferecida por Gaia, cortou seu pai em vários
pedaços. Do sangue de Urano que caiu sobre a terra, nasceram os Gigantes, as
Erínias e as Melíades. A maioria dos gregos considerava Urano como um Deus
primordial (protogenos) e não lhe atribuía filiação. Cícero afirma em De Natura
Deorum ("Da Natureza dos Deuses"), que ele descendia dos antigos
deuses Éter e Hemera, o Ar e o Dia. Segundo os hinos órficos, Urano era filho
da noite, Nix. Seu equivalente na mitologia romana é Caelus ou Coelus - do qual
provém caelum (coelum), a palavra latina para "céu".
CRONOS

Filho de Urano, o Céu estrelado, e Gaia, a Terra, é o mais
jovem dos Titãs. A pedido de sua mãe se tornou senhor do céu castrando o pai
com um golpe de foice. A partir de então, o mundo foi governado pela linhagem
dos Titãs que, segundo Hesíodo, constituía a segunda geração divina. Foi
durante o reinado de Cronos que a humanidade (recém-nascida) viveu a sua
"Idade de Ouro". Cronos casou com a sua irmã Reia, que lhe deu seis
filhos (os Crónidas): três mulheres, Héstia, Deméter e Hera e três rapazes,
Hades, Poseidon e Zeus. Como tinha medo de ser destronado, Cronos engolia os
filhos ao nascerem. Comeu todos exceto Zeus, que Reia conseguiu salvar
enganando Cronos enrolando uma pedra em um pano, a qual ele engoliu sem
perceber a troca. Quando Zeus cresceu, resolveu vingar-se de seu pai,
solicitando para esse feito o apoio de Métis - a Prudência - filha do Titã
Oceano. Esta ofereceu a Cronos uma poção mágica, que o fez vomitar os filhos
que tinha devorado. Então Zeus tornou senhor do céu e divindade suprema da
terceira geração de deuses da Mitologia Grega ao banir os Titãs para o Tártaro
e afastou o pai do trono.
RÉIA

Réia era uma titã filha de Urano e Gaia, se casou com seu
irmão Cronos, mãe de Deméter, Hades, Poseidon, Hera, Héstia e Zeus. Devido a um
oráculo de Urano, Cronos começou a comer seus filhos, pois profetizou que o
filho de Cronos o destronaria. Réia não ia permitir que Cronos fizesse isso com
o sexto filho então ela escondeu Zeus (o filho mais novo) no monte Ida e o
trocou por uma pedra enrolada num pano, Cronos comeu a pedra pensando ser seu
filho, Zeus foi criado por uma cabra chamada Amaltéia que o amamentou, mais
velho Zeus invadiu o Olimpo junto de 3 cíclopes e 3 hecatônquiros e derrotou
Cronos o forçando a vomitar seus irmãos e tomou o Olimpo para si. Réia discutiu
com Zeus por que o mundo não pertencia só a ele e que ela tinha direito a uma
parte do mundo, Zeus irritado começou a persegui-la, Réia se escondeu nas
montanhas onde ela se cercou de criaturas selvagens. Ela é conhecida como mãe
dos deuses, por ser mãe de todos os Deuses do Olimpo, é Deusa da fertilidade,
relacionada com os partos fáceis.
ZEUS

O filho mais novo de Cronos e Réia foi o líder dos Deuses
que viviam no monte Olimpo. Ele impunha a justiça e a ordem lançando relâmpagos
construídos pelos ciclopes. Zeus teve diversas esposas e casos com Deusas,
ninfas e humanas. Cronos tinha o hábito de devorar seus próprios filhos para
que não tomassem seu lugar no trono. Até que Zeus nasceu e sua mãe Réia já
cansada de tanto sangue e sofrimento deu a Cronos uma pedra embrulhada no lugar
de Zeus, salvando sua vida. Réia decidiu que Zeus seria o último filho e
encerraria o reinado de sangue e sofrimento e tomaria o trono do pai. Assim que
Cronos descobriu que tinha engolido uma pedra ao invés do filho saiu a procura
de Zeus, mas não o encontrou. Zeus foi criado no bosque de Creta e foi
alimentado com mel e leite de cabra. E assim quando cresceu foi a caminho do
pai para combatê-lo, eles viraram grandes inimigos, Zeus obrigou seu pai a
engolir uma bebida mágica, que restituiu todos os filhos que no passado tinha
devorado. Foi então que Zeus conheceu seus quatro irmãos: Deméter, Poseidon,
Héstia e Hades, faltou apenas a Hera que como Zeus foi poupada e não estava
ali. Zeus ainda liberou ciclopes que deu a ele o Raio. Então após dez anos, o
tempo que durou a guerra, Zeus subiu ao Olimpo junto com seus irmãos Poseidon e
Hades que o ajudaram a destruir Cronos, e então comandaram o Céu, a Terra e os demais
deuses. Zeus tinha o poder dos fenômenos atmosféricos e fazia relâmpagos e
trovões e com sua mão direita lançava a chuva, podia usar sua força como
destruidora, mas também mandava chuvas para as plantações. Zeus casou-se três
vezes, sua primeira esposa foi Métis a deusa da prudência e com ela teve sua
filha Atena. Sua segunda esposa foi Têmis a deusa da justiça. E sua terceira
esposa foi sua irmã Hera e com ela teve vários herdeiros, mas o único que foi
filho legítimo de Hera e Zeus foi Ares, que era o Deus da guerra. Hera era
muito ciumenta e agressiva já que Zeus desonrava sua vida com ela, tinha muitas
amantes, e acabou tendo muitos filhos fora de seu casamento. Zeus usava seu
poder de sedução e até usava as mais belas metamorfoses para conquistar as
mulheres. As mais conhecidas são: o Cisne de Leda e o Touro da Europa. Zeus é o
Deus que dá ao homem o caminho da razão e também ensina que o verdadeiro
conhecimento é obtido apenas a partir da dor.
HERA

Terceira mulher de Zeus e rainha do Olimpo, Hera é a deusa
do matrimônio e do parto. É vingativa com as amantes do marido e com os filhos
de Zeus que elas geram. Para os gregos, Hera e Zeus simbolizam a união
homem-mulher. Hera era filha de Cronos e Réia. Tem como seu animal preferido o
Pavão e é associada ao signo de Escorpião. Tinha a fama de ser ciumenta com
razão, pois Zeus era muito infiel - de todos os filhos que Zeus teve, dois
foram concebidos em seu casamento com Hera que foi Ares (deus da guerra) e
Hefesto (deus do fogo). Hera considerava muito o casamento e foi muito
humilhada por Zeus por suas traições o que a deixou muito triste, foi quando
ele sozinho gerou sua filha Atena, mostrando que não precisava de Hera nem para
conceber um filho. Um dos episódios de ciúmes de Hera foi com Calisto (deusa)
que por ter muita beleza conquistou seu marido, mas Hera para separar os dois a
transformou em uma Ursa. Calisto ficou muito isolada de todos e também com medo
da floresta por causa dos caçadores. Até que um dia ao reconhecer seu filho
Arcas correu para abraçá-lo, mas Arcas já preparava sua lança por não
reconhecer sua mãe. Hera vendo o que aconteceria lançou um feitiço e enviou os
dois para os céus que viraram constelações, a Ursa maior e a Ursa menor. Porém
como Hera ainda tinha muita raiva de sua rival pede para Tétis e Oceano,
divindades do mar, para que não a deixem descansarem em suas águas, e com isso
essas duas constelações sempre ficam em círculos e nunca descem para trás das
águas como as outras estrelas. Outro episódio de ciúme de Hera foi quando Zeus,
por saber que Hera estava chegando e ele estava com uma de suas amantes (Io), a
transforma rapidamente em uma vaca. Hera, muito desconfiada, pede para Zeus
aquela vaca de presente e Zeus não podendo negar um presente, o dá para sua
esposa. Ela então coloca aquela novilha aos cuidados de Argos, um monstro de
muitos olhos, que ao dormir nunca fechava todos, com isso a novilha estava
sempre sendo observada. Mas Zeus ao ver o sofrimento da amante pede para que
Hermes mate Argos. Então, Hermes toca uma música, fazendo Argos dormir
completamente, fechando todos os olhos. Após isso, Hermes arranca-lhe a cabeça.
Hera muito triste pelo acontecimento, pega todos os olhos e coloca na cauda de
seu pavão, onde eles estão até hoje. A deusa continua perseguindo Io, mas Zeus
promete que não terá mais nada com a amante, Hera aceita a promessa e devolve a
aparência humana à Io. Hera durante muito tempo não só perseguia as amantes,
mas também os filhos que Zeus teve fora do casamento. E sempre foi considerada
a deusa protetora das mulheres casadas.
POSEIDON

O irmão mais velho de Zeus e Hades era o Deus do mar. Com um
movimento de seu tridente, causava tempestades e terremotos - e sua fúria era
famosa entre os deuses! Posêidon vivia procurando aumentar seus domínios em
diferentes áreas da Grécia. Também conhecido como Netuno para os romanos, era
um homem muito forte, com barbas e sempre representado com seu tridente na mão
e as vezes com um golfinho. Era filho de Cronos, Deus do tempo, e da Deusa da
fertilidade Réia. Sua casa era no fundo do mar e com seu tridente causava
maremotos, tremores, além de fazer brotar água do solo. Poseidon era casado com
Anfitrite. Quando se conheceram Poseidon se apaixonou por ela, mas Anfitrite o
recusou e Poseidon a obrigou casar-se com ele, porém, ela para não casar, se
escondeu nas profundezas do oceano, só sua mãe sabia onde ela estava. Mas com o
tempo Anfitrite mudou de idéia e foi atrás de Poseidon com quem se casou e
ficou sendo a rainha do oceano. Com ela teve um filho chamado Tritão que
aterrorizava os marinheiros com um barulho espantoso que ele fazia quando
soprava o búzio, um instrumento, mas também com ele fazia sons maravilhosos.
Entretanto, na sua vida Poseidon teve muitos outros amores e fora de seu
casamento teve mais filhos que ficaram muito conhecidos por sua crueldade, os
dois mais conhecidos foram o Ciclope e o gigante Orion. Poseidon disputou com
Atena, a deusa da sabedoria, para ser a deidade da cidade hoje conhecida como
Atenas, porém Atena ganhou a competição e a cidade ficou conhecida com o seu
nome. Na história da Guerra de Tróia, Poseidon e Apolo ajudaram o rei na
construção dos muros daquela cidade e a eles foi prometida uma recompensa,
porém tinham sidos enganados, pois o rei não os recompensou. Foi então que
Poseidon ficou muito enfurecido e se vingou de Tróia e enviando um monstro do
mar que saqueou toda a terra de Tróia e durante a guerra ajudou os gregos.
Poseidon é também o pai de Pégaso, um cavalo alado gerado por Medusa, por esse
motivo sempre esteve muito ligado aos cavalos e foi o primeiro a colocar
cavalos na região. Outro caso de amor muito conhecido de Poseidon foi com sua
irmã Demeter, ele a perseguiu e ela para evitá-lo se transformou em égua, porém
ele se transformou em um garanhão e com ela teve um encantador cavalo, Arion. Poseidon
era um Deus muito importante e celebravam em sua honra os Jogos místicos,
constituídos de competições atléticas e também de músicas e poesias, realizados
de dois em dois anos.
HADES
Mesmo sendo irmão de Zeus e Posêidon, não vive no monte
Olimpo. Hades, como Deus dos mortos, domina seu próprio território. Apesar de
passar uma imagem ruim por sua "função", não é um Deus associado ao
mal. Equivalente ao Deus romano Plutão, que significa o rico e que era também
um dos seus epítetos gregos, seu nome era usado frequentemente para designar
tanto o Deus quanto o reino que governa, nos subterrâneos da Terra. Consta
também ser chamado Serápis (Deus de obscura origem egípcia). É considerado um
Deus da "segunda geração" pelos estudiosos, oriundo que fora de Cronos
(Saturno, na teogonia romana) e de Reia. Formava com seus cinco irmãos os
Crônidas, que incluíam as mulheres Héstia, Deméter e Hera, e os homens
Posseidon e Zeus. Ele é também conhecido por ter raptado a deusa Perséfone
(Koré ou Core) filha de Deméter, a quem teria sido fiel e com quem nunca teve
filhos. A simbologia desta união põe em comunicação duas das principais forças
e recursos naturais, a riqueza do subsolo que fornece os minerais, e faz brotar
de seu âmago as sementes representando a vida e a morte. Hades costuma
apresentar um papel secundário na mitologia, pois o fato de ser o governante do
Mundo dos Mortos faz com que seu trabalho seja "dividido" entre
outras divindades, tais como Tanatos, Deus da morte, ou as Queres (Ker), estas
últimas retratadas na Ilíada recolhendo avidamente as almas dos guerreiros,
enquanto Tanatos surge nos mitos da bondosa Alceste ou do astuto Sísifo. Como o
senhor implacável e invencível da morte, é Hades o Deus mais odiado pelos
mortais, como registrou Homero (Ilíada 9.158.159). Platão acentua que o medo de
falar o seu nome fazia usarem no lugar eufemismos, como Plutão. O mundo dos
mortos, território de Hades, tem regiões celestiais e infernais. Na mitologia,
a alma dos mortos vai para o mundo subterrâneo, governado por Hades. Para
entrar, é preciso pagar o barqueiro Caronte, que faz a travessia do rio Estige.
Por isso os gregos enterravam os mortos com uma moeda. No submundo de Hades, o
morto é julgado por três juízes. Os que viveram uma vida correta são premiados
e seguem para uma região chamada Campos Elíseos, uma espécie de paraíso, cheio
de paisagens verdes e floridas. Mas o mundo subterrâneo também tem regiões
sombrias. Os gregos que "aprontaram" na vida como mortal têm como
destino o Tártaro. Equivalente ao inferno cristão, ele é um poço profundo,
quase sem fim, escuro, úmido e frio.
HÉSTIA
Héstia (ou Vesta, na mitologia romana) é a Deusa grega do
lar e dos laços familiares, simbolizada pelo fogo doméstico. Filha de Cronos e
Reia para os gregos (Saturno e Cibele na mitologia romana), era uma das doze
divindades olímpicas. A ordem de nascimento de seus irmãos é: Hera (a mais
velha), seguida de Deméter e Héstia, seguidas de Hades e Poseidon; o próximo a
nascer, Zeus, foi escondido por Reia em Creta, que deu uma pedra para Cronos
comer. Cortejada por Poseidon e Apolo, jurou virgindade perante Zeus, e dele
recebeu a honra de ser venerada em todos os lares, ser incluída em todos os
sacrifícios e permanecer em paz, em seu palácio cercada do respeito de deuses e
mortais. Embora não apareça com frequência nas histórias mitológicas, era
admirada por todos os Deuses. Era a personificação da moradia estável, onde as
pessoas se reuniam para orar e oferecer sacrifícios aos Deuses. Era adorada
como protetora das cidades, das famílias e das colônias. Sua chama sagrada
brilhava continuamente nos lares e templos. Todas as cidades possuíam o fogo de
Héstia, colocado no palácio onde se reuniam as tribos. Esse fogo deveria ser
conseguido direto do sol. Quando os gregos fundavam cidades fora da Grécia, levavam
parte do fogo da lareira como símbolo da ligação com a terra materna e com ele,
acendiam a lareira onde seria o núcleo político da nova cidade. Sempre fixa e
imutável, Héstia simbolizava a perenidade da civilização. Em Delfos, era
conservada a chama perpétua com a qual se acendia a Héstia de outros altares.
Cada peregrino que chegava a uma cidade, primeiro fazia um sacrifício à Héstia.
Seu culto era muito simples: na família, era presidido pelo pai ou pela mãe;
nas cidades, pelas maiores autoridades políticas. Em Roma era cultuada como
Vesta e o fogo sagrado era o símbolo da perenidade do Império. Suas
sacerdotisas eram chamadas vestais, faziam voto de castidade e deveriam servir
à deusa durante trinta anos. Lá a deusa era cultuada por um sacerdote principal,
além das vestais. Era representada como uma mulher jovem, com uma larga túnica
e um véu sobre a cabeça e sobre os ombros. Havia imagens nas suas principais
cidades, mas sua figura severa e simples não ofereceu muito material para os
artistas.
DEMÉTER
Deméter é uma Deusa grega, filha de Cronos e Reia, Deusa da
terra cultivada, das colheitas e das estações do ano. É propiciadora do trigo,
planta símbolo da civilização. Na qualidade de deusa da agricultura, fez várias
e longas viagens com Dionísio ensinando os homens a cuidarem da terra e das
plantações. Em Roma, onde se chamava Ceres, seu festival era chamado Cerélia e
celebrado na primavera. Com Zeus, seu irmão, ela teve uma filha, Perséfone
("a de braços brancos"). Teve um casal de gêmeos chamado Despina
("a Deusa das sombras invernais") e Árion, com seu irmão Poseidon.
Abandonou a menina sem nome ao nascimento para procurar Perséfone quando
raptada. Despina, que representa o inverno, é o oposto de sua irmã, Perséfone,
que representa a primavera e de sua mãe, Deméter, Deusa da agricultura. O filho
chamado Árion, era um cavalo de crinas azuis, tinha o poder da fala e de ver o
futuro. Foi o cavalo mais rápido de todos os tempos e ajudou muitos heróis
bravamente em suas conquistas. Ela também é uma das Deusas que tiveram filhos
com mortais, e teve com o herói cretense Iásio o Deus Pluto. Um fragmento do
Catálogo de Mulheres, de Hesíodo, sugere que Deméter teve um outro amante
mortal, Eetion, que foi fulminado por um raio de Zeus. Alguns críticos
consideram que Iásio e Eetion são a mesma pessoa. Quando Hades raptou Perséfone
e a levou para seu reino subterrâneo, Deméter ficou desesperada, saiu como
louca Terra afora sem comer e nem descansar. Decidiu não voltar para o Olimpo
enquanto sua filha não lhe fosse devolvida, e culpando a terra por ter aberto a
passagem para Hades levar sua amada filha, ela disse: “Ingrato solo, que tornei
fértil e cobri de ervas e grãos nutritivos, não mais gozará de meus favores!”
Durante o tempo em que Deméter ficou fora do Olimpo a terra tornou-se estéril,
o gado morreu, o arado quebrou, os grãos não germinaram. Sem comida a população
sofria de fome e doenças. A fonte Aretusa (em outras versões, a ninfa Ciana,
metarmofoseada em um rio) então contou que a terra abriu-se de má vontade,
obedecendo às ordens de Hades e que Perséfone estava no Érebo, triste mas com
pose de rainha, como esposa do monarca do mundo dos mortos. Com a situação
caótica em que estava a terra estéril, Zeus pediu a Hades que devolvesse
Perséfone. Ele concordou, porém antes, fê-la comer um bago de romã e assim a
prendeu para sempre aos infernos, pois quem comesse qualquer alimento nessa
região ficava obrigado a retornar. Com isso, ficou estabelecido que Perséfone
passaria um período do ano com a mãe, e outro com Hades, quando é chamada
Proserpina. O primeiro período corresponde à primavera, em que os grãos brotam,
saindo da terra assim como Proserpina. Neste período Perséfone é chamada Core,
a moça. O segundo é o da semeadura de outono, quando os grãos são enterrados,
da mesma forma que Perséfone volta a ser Proserpina no reino do seu marido.
Durante o inverno, Despina mostra sua ira contra seus pais e sua irmã,
congelando lagos e destruindo plantações e flores. Os Mistérios de Elêusis,
celebrados no culto à Deusa, na Grécia, interpretam essa lenda como um símbolo
contínuo de morte e ressurreição. Deméter pode ser representada sentada, com
tochas ou uma serpente ou tendo em uma das mãos uma foice e na outra um punhado
de espigas e papoulas, trazendo na cabeça, uma coroa com esses mesmos
elementos.
AFRODITE

Afrodite é uma Deusa da Mitologia Grega. É a Deusa do amor,
da beleza e do sexo. Corresponde a Deusa Vênus da Mitologia Romana. Nas cidades
de Corinto, Esparta e Atenas, Afrodite era muito cultuada. O nome da Deusa do
amor significa "nascida da espuma", porque diziam que ela havia
surgido do mar. Afrodite é a mais bela das Deusas. A Deusa Afrodite nasceu na
ilha de Chipre, sendo que para a história do seu nascimento existem duas
versões. Segundo a versão de Hesíodo, Afrodite nasceu de uma forma incomum.
Após Cronos cortar os órgãos de Urano (seu pai) e jogá-los ao mar, formou-se em
torno desses órgãos uma espuma branca que, misturando-se ao mar, como se fosse
uma fecundação, deu origem a Afrodite. Para Homero, mais convencional, Afrodite
era filha de Zeus (deus dos deuses) e Dione (deusa das ninfas). Afrodite
casou-se com o Deus do fogo, Hefesto. Porém, teve inúmeros amantes, tanto
deuses como homens mortais, sendo que, de suas aventuras, foram gerados vários
filhos. Com Ares, Deus da guerra, teve diversos filhos, como Eros, Anteros,
Deimos, Fobos, Harmonia, Adrestia, Himeros e Pothos. Com Hermes, o Deus
mensageiro, Afrodite gerou o deus Hermafrodito (mistura dos nomes dos pais),
que tinha como características, além da beleza dos pais, os órgãos sexuais de
ambos os gêneros. Com o Deus Apolo teve o filho Himeneu (deus do casamento), e
com Dionísio o Deus do prazer, das festas e do vinho, teve o filho Príapo, o
deus da fertilidade, que tinha grandes genitálias e não péssima aparência.
Afrodite gerou também um filho do mortal Anquises, que foi chamado de Enéias, e
que foi um herói da Guerra de Tróia. Seduziu outros mortais como Adónis,
Faetonte e Cíniras. Apesar de ser conhecida como deusa do amor, Afrodite era
muito vingativa, e não tinha piedade de seus inimigos. Teve como principais
rivais as Deusas Hera e Atena. Aliás, sua desavença com essas Deusas deu origem
a Guerra de Tróia. Nas festas em homenagem a Afrodite, as sacerdotisas que a
representavam eram prostitutas sagradas, sendo que o sexo com as mesmas era
considerado um ritual de adoração. As festas eram consideradas “afrodisíacas”,
dando origem a esse termo. Vários artistas (pintores e escritores) já na época
da Renascimento, retrataram Afrodite, como Botticelli, em sua obra “O
nascimento de Vênus”.
HEFESTO

Filho de Zeus e Hera (de acordo com Homero, na Ilíada),
Hefesto nasceu tão fraco e feio que foi jogado pela mãe no oceano. Resgatado
por ninfas, virou um famoso artesão. Impressionados com o talento dele, os
Deuses levaram Hefesto ao Olimpo e o nomearam Deus do fogo e da forja. Na
Mitologia Grega, Hefesto era o Deus do trabalho, do fogo, dos artesãos, dos
escultores e da metalurgia. Era muito importante na religião grega,
principalmente nas cidades onde a prática da manufatura era intensa como, por
exemplo, a cidade de Atenas. Com relação a aparência, Hefesto era feio, coxo e
manco. Ele andava carregando vasos pintados e um bastão. Em algumas imagens,
ele aparece com os pés na posição contrária. Aparece também quase sempre
trabalhando em uma bigorna, suado e com a barba por fazer. De acordo com os
mitos gregos, Hefesto era casado com Afrodite, porém não teve filhos. Hefesto
tinha uma grande capacidade de criação. De acordo com a mitologia, foi ele quem
fez o escudo de Zeus, usado na batalha contra os titãs. Ele também construiu
pra si um lindo e grandioso palácio de bronze. Entre suas criações está
Pandora, a primeira mulher mortal.
ARES

O terrível Deus da guerra é outro filho de Zeus e Hera. No
campo de batalha pode matar um mortal apenas com seu grito de guerra! Pai de
vários heróis (humanos que são protegidos ou filhos de Deuses), Ares ainda se
tornou um dos amantes de Afrodite. Ares foi muito cultuado em Esparta, uma das
mais importantes Cidades-Estados da Grécia antiga. Embora muitas vezes tratado
como o Deus olímpico da guerra, ele é mais exatamente o Deus da guerra
selvagem, ou sede de sangue, ou matança personificada. Os romanos identificaram-no
como Marte, o Deus romano da guerra e da agricultura (que eles tinham herdado
dos etruscos). Entre os helenos sempre houve desconfiança de Ares. Embora
também a meia irmã de Ares, Atena, fosse uma deidade da guerra, a posição de
Atena era de guerra estratégica, enquanto Ares tendia a ser a violência
imprevisível da guerra. O seu lugar de nascimento e sua casa verdadeira foram
colocados muito longe, entre os bárbaros e trácios belicosos (Ilíada 13.301;
Ovídio, Ars Amatoria, II.10;), de onde ele se retirou depois que o seu caso com
Afrodite foi revelado. "Ares" permaneceu um adjetivo e epíteto em
tempos clássicos: Zeus Areios, Atena Areia, até Afrodite Areia. Em tempos
micênicos, as inscrições mencionavam Eniálios, um nome que sobreviveu em tempos
clássicos como um epíteto de Ares. Corvos e cães, animais que se alimentam dos
cadáveres nos campos de batalha, são sagrados para ele.
APOLO

O Deus da luz (representada pelo Sol), das artes, da
medicina e da música é filho de Zeus com uma titã, Leto. Na juventude, era
vingativo, mas depois se tornou um Deus mais calmo, usando os poderes para
cura, música e previsões do futuro. Foi uma das divindades principais da
mitologia greco-romana, um dos Deuses olímpicos. Irmão gêmeo de Ártemis,
possuía muitos atributos e funções, e possivelmente depois de Zeus foi o Deus
mais influente e venerado de todos os da Antiguidade clássica. As origens de
seu mito são obscuras, mas no tempo de Homero já era de grande importância,
sendo um dos mais citados na Ilíada. Era descrito como o Deus da divina
distância, que ameaçava ou protegia desde o alto dos céus, sendo identificado
como o sol e a luz da verdade. Fazia os homens conscientes de seus pecados e
era o agente de sua purificação; presidia sobre as leis da Religião e sobre as
constituições das cidades, era o símbolo da inspiração profética e artística,
sendo o patrono do mais famoso oráculo da Antiguidade, o Oráculo de Delfos, e
líder das Musas. Era temido pelos outros Deuses e somente seu pai e sua mãe
podiam contê-lo. Era o Deus da morte súbita, das pragas e doenças, mas também o
Deus da cura e da proteção contra as forças malignas. Além disso era o Deus da
Beleza, da Perfeição, da Harmonia, do Equilíbrio e da Razão, o iniciador dos
jovens no mundo dos adultos, estava ligado à Natureza, às ervas e aos rebanhos,
e era protetor dos pastores, marinheiros e arqueiros. Embora tenha tido
inúmeros amores, foi infeliz nesse terreno, mas teve vários filhos. Foi
representado inúmeras vezes desde a Antiguidade até o presente, geralmente como
um homem jovem, nu e imberbe, no auge de seu vigor, às vezes com um manto, um
arco e uma aljava de flechas, ou uma lira, e com algum de seus animais
simbólicos, como a serpente e o corvo. Apolo foi identificado sincreticamente
com grande número de divindades maiores e menores nos seus vários locais de
culto, e sobreviveu veladamente ao longo do florescimento do cristianismo
primitivo, que se apropriou de vários de seus atributos para adornar seus
próprios personagens sagrados, como Cristo e o arcanjo São Miguel. Entretanto,
na Idade Média Apolo foi identificado pelos cristãos muitas vezes com o
Demônio. Mas desde a associação de Apolo com o poder profano pelo imperador romano
Augusto se originou um poderoso imaginário simbólico de sustentação ideológica
do imperialismo das monarquias e da glória pessoal dos reis e príncipes. Seu
mito tem sido trabalhado ao longo dos séculos por filósofos, artistas e outros
intelectuais para a interpretação e ilustração de uma variedade de aspectos da
vida humana, da sociedade e de fenômenos da Natureza, e sua imagem continua
presente de uma grande variedade de formas nos dias de hoje. Até mesmo seu
culto, depois de muitos séculos, foi recentemente ressuscitado por correntes do
neopaganismo.
ARTÉMIS
Esta Deusa famosa dos gregos foi concebida por Zeus e Leto e
era irmã gêmea de Apolo (enquanto ele simbolizava a luz solar, ela representava
a esfera lunar). É a Deusa da caça, representada por uma mulher com um arco.
Contraditoriamente, também é a protetora dos animais. Ártemis é uma Deusa casta
(virgem), que fica furiosa quando se sente ameaçada. Ártemis (ou Diana, como
era conhecida entre os romanos) é representada como uma imagem lunar arisca e
selvagem, constantemente seguida de perto por feras selvagens, especialmente
por cães ou leões. Ela traz sempre consigo, no abrigo de suas mãos, um arco
dourado, nos ombros um coldre de setas, e pode ser vista trajando uma túnica de
tamanho curto. Dizem que quando ela ainda era uma criança, Zeus a questionou
sobre seu maior desejo para seu aniversário, e ela lhe pediu, sem hesitar, que
pudesse circular livremente pelas matas, ao lado dos animais ferozes,
dispensada para sempre da obrigação de se casar. O pai imediatamente realizou
seu sonho. Esta poderosa figura é sempre encontrada, em qualquer mito que seja,
correndo por bosques, florestas e matas, livre como um pássaro, ensaiando suas
coreografias e cantando ao lado das ninfas que lhe são muito próximas. Nas
festas em homenagem à lua eram sempre executadas danças de extrema sensualidade
e havia constantemente a presença de um ramo considerado sagrado. Ártemis é
considerada tanto uma prostituta sagrada quanto uma virgem responsável pelos
partos, pois os mitos a retratam igualmente como o bebê que nasceu primeiro e
ajudou a mãe a parir o irmão Apolo. Embora pareça contraditória esta
personalidade ambígua de Ártemis, na verdade ela está associada a dupla faceta
do feminino, que protege e destrói, concebe e mata. Esta imagem da Deusa é
difundida especialmente na Ásia Menor. Não se sabe exatamente onde e quando
surgiu seu culto, pois os autores que estudam o mito divergem quanto a este
ponto. Alguns pesquisadores acreditam que seu nascimento remonta às tribos da
Anatólia, exímias caçadoras, consideradas berços das famosas amazonas. Outros
creem que ela descende da divindade Cibele, protetora da Natureza, cultuada na
Ásia Menor, também representada como uma Rainha das Feras, rodeada por leões,
veados, pássaros e outros exemplares da fauna. Há estudos que situam Ártemis ao
lado de outras potências lunares, tais como Hécate, também associada às esferas
infernais, e Selene; as três compunham uma espécie de trindade da Lua. Os
italianos a conhecem como Diviana, expressão que pode ser traduzida como Deusa,
e pode ser facilmente ligada ao nome Diana. Esta Deusa da fertilidade animal
tinha várias discípulas, que eram denominadas ursas. Elas reconheciam sua
natureza autoritária e repressora. Os animais ferozes que estão sempre junto a
ela representam, por outro lado, os impulsos que precisam ser dominados. Sem
dúvida ela é o símbolo maior do feminino, de sua liberdade e autonomia. Na
Itália eles comemoravam sua festa no dia 13 de agosto, quando os cães de caça
tinham seu momento de glória e os animais ferozes eram deixados à vontade. Este
evento foi consagrado pela Igreja como um culto católico que marca a Assunção
de Nossa Senhora, transferido para o dia 15 de agosto.
HERMES

Filho de Zeus com a Deusa Maia, o mensageiro dos Deuses é o
protetor de viajantes e mercadores. Representado como um homem de sandálias com
asas, Hermes tinha um lado obscuro, às vezes trazia mentiras e falsas
histórias. Divindade muito antiga, já era cultuado na história da Grécia antiga
possivelmente como um Deus da fertilidade, dos rebanhos, da magia, da
divinação, das estradas e viagens, entre outros atributos. Ao longo dos séculos
seu mito foi extensamente ampliado, tornando-se o mensageiro dos Deuses e
patrono da ginástica, dos ladrões, dos diplomatas, dos comerciantes, da
astronomia, da eloquência e de algumas formas de iniciação, além de ser o guia
das almas dos mortos para o reino de Hades, apenas para citar-se algumas de
suas funções mais conhecidas. Com o domínio da Grécia por Roma, Hermes foi
assimilado ao Deus Mercúrio, e através da influência egípcia, sofreu um
sincretismo também com Toth, criando-se o personagem de Hermes Trismegisto.
Ambas as assimilações tiveram grande importância, criando rica tradição e
perpetuando sua imagem através dos séculos até a contemporaneidade, exercendo
significativa influência sobre a cultura do ocidente e de certas áreas
orientais em torno do Mediterrâneo, chegando até à Pérsia e à Arábia. As
primeiras descrições literárias sobre Hermes datam do período arcaico da
Grécia, e o mostram nascendo na Arcádia. Já no primeiro dia de vida realizou
várias proezas e exibiu vários poderes, furtou cinquenta vacas de seu irmão
Apolo, inventou o fogo, os sacrifícios, sandálias mágicas e a lira. No dia
seguinte, perdoado pelo furto das vacas, foi investido de poderes adicionais
por Apolo e por seu pai Zeus, e por sua vez concedeu a Apolo a arte de uma nova
música, sendo admitido no Olimpo como um dos grandes Deuses. Mais tarde
inúmeros outros escritores ampliaram e ornamentaram sua história original e
surgiram múltiplas versões dela, não raro divergentes em vários detalhes,
preservando-se porém suas linhas mais características. Com o advento do Cristianismo, chegou a ser
comparado a Cristo em sua função de intérprete da vontade do Logos. As figuras
de Hermes e de seu principal distintivo, o caduceu, ainda hoje são conhecidas e
usadas por seu valor simbólico e vários autores o consideram a imagem tutelar
da cultura ocidental contemporânea.
ATENA

É a Deusa da sabedoria e filha de Zeus com a
primeira mulher dele, Métis. Seu símbolo é a mais sábia das aves, a coruja.
Habilidosa e especialista nas artes e na guerra, Atena carrega uma lança e um
escudo chamado. Os romanos a chamavam de Minerva. Era uma Deusa virgem, linda
guerreira protetora de seus heróis escolhidos e também de sua cidade Atenas.
Atena era a filha predileta de Zeus, porém quando Métis ficou grávida, Zeus
engoliu a esposa com medo de sua filha nascer mais poderosa que ele e lhe tirar
o trono, mas para que isso acontecesse convenceu Métis a participar de uma
brincadeira divina, onde cada um se transformava em um animal diferente e Métis
pouco prudente acabou se transformando em uma mosca, e Zeus a engoliu e Métis
foi para a cabeça dele. Mas com o passar dos anos, Zeus sentiu uma forte dor de
cabeça e pediu para Hefesto lhe desse uma machadada, foi então que Atena já
adulta saltou de dentro do cérebro de seu pai, já com armadura, elmo e escudo.
Atena leva uma lança em sua mão, mas que não significa guerra e sim uma estratégia
de vencer, também foi a inventora do freio, sendo a primeira que amansou os
cavalos para que os homens conseguissem domá-los. A cidade Atenas era sua
preferida já que levou seu nome e onde também se fazia cultos em sua homenagem.
Atena e Poseidon, seu tio, chegaram a disputar o padroado de Atenas, para isso
estabeleceram um concurso: quem desse o melhor presente à cidade ganharia a
disputa. Poseidon bateu com seu tridente e fez jorrar água do mar e também fez
aparecer um cavalo. Já Atena além de domar o cavalo e torna-lo um animal
doméstico, também deu como presente uma Oliveira que produzia alimento, óleo e
madeira, foi então que ganhou e assim a cidade levou seu nome, Atenas.
Considerada a Deusa virgem, ficou assim durante toda a história, pois pedia para
que os Deuses não se apaixonassem, pois ela ficaria grávida e teria que largar
sua vida de guerras e passar a viver em uma vida doméstica. Atena também ficou
conhecida como Minerva pelo voto de desempate que deu quando julgou Orestes
juntamente com o povo de Atenas. Orestes matou a mãe para se vingar da morte do
pai. Atena deu o voto de Minerva como é conhecido hoje, e declarou Orestes
inocente. Essa grande Deusa era para ser a nova Rainha do Olimpo, mas como era
mulher seu pai continuou no trono. Mas Atena foi a Deusa da sabedoria,
prudência, capacidade de reflexão, poder mental, amante da beleza e da perfeição.
By Stela Bagwell
Fontes: Deuses Greco-Romanos, Wikipédia
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