sábado, 12 de dezembro de 2015

O LADO SOMBRIO DO NATAL

   

 Faltando apenas 13 dias para o Natal, é bom  lembrarmos que as festas de fim de ano não são feitas somente de luzes brilhantes, crianças felizes e ceias agradáveis em muitos países do mundo. Enquanto muitas crianças brasileiras e norte-americanas aguardam ansiosamente a chegada do Papai Noel, pessoas de outros países têm que se preocupar com visitas muito menos oportunas, vindas direto das lendas pagãs mais macabras. 
Além das variações de informações sobre as origens e significados de cada ritual, há também diversos “natais” por aí, pois, com a diversidade do mundo, nenhuma festa iria ser igual a outra. Em alguns países, por exemplo, o Papai-Noel chega acompanhado de renas que tem nomes; em outros, ele é auxiliado por Pedro, o Negro; em outros, ele chega antes do dia 25 de dezembro; em outros, ainda, ele vem acompanhado de um ser mitológico parecido com um demônio que castiga crianças ruins (o Krampus)... Enfim, as variações são enormes.
E o que é tão diferente chega a nos causar estranhamento: o que você acharia, por exemplo, de enfeitar sua árvore com teias-de-aranha?

 A seguir, confira algumas das criaturas mais medonhas que aterrorizam populações inteiras no Natal e no ano novo. Elas fazem parte de lendas urbanas contadas ao longo dos séculos; seu estilo de relato oral é feito para dar suspense e fazer as pessoas sentirem “aquele” fiozinho na barriga, como as velhas histórias que os antigos contavam em volta de uma fogueira.

                        Mary Lwyd, o cavalo-zumbi natalino

        9 criaturas assustadoras que assombram o mundo no Natal (1)

Saída diretamente das tradições galesas, esta macabra égua esquelética vem do mundo dos mortos para vagar pelas ruas junto a seus assistentes – que também poderiam fazer parte de filmes pós-apocalípticos. Assumindo a forma de um ventríloquo vestido com a cabeça equina e uma capa branca, Mary Lwyd desafia os moradores para duelos de rimas, e os perdedores têm que deixar que a criatura entre em suas casas, o que não deve ter consequências agradáveis.

                                             Perchta


Diretamente relacionada às bruxas boas Baboushka e La Befana – sobre a qual já falamos neste texto –, Perchta possui alguns hábitos bem menos agradáveis que suas contrapartes. Além de recompensar as pessoas trabalhadoras e generosas, ela costuma punir os preguiçosos e gananciosos cortando suas barrigas, removendo seus intestinos e os estufando com palha, pedras e lixo.

                                       Straggele

        9 criaturas assustadoras que assombram o mundo no Natal (3)

Como se não bastasse ser uma bruxa pra lá de violenta, em alguns países a Perchta é acompanhada por uma tropa de ajudantes com aparência demoníaca, os Straggele. Essas criaturas adoram comer as oferendas feitas para a feiticeira e, em alguns casos, são responsáveis por executar as punições das formas mais brutais possíveis, muitas vezes sequestrando as crianças más e as esquartejando em pleno ar.

                                             Tomten

          9 criaturas assustadoras que assombram o mundo no Natal (4)

Parecido com os clássicos gnomos de jardim, o Tomten é uma criatura do folclore da Escandinávia que vive nos túmulos e age como um protetor e ajudante da família que o abriga – a menos que você o enfureça. Se irritado, o pequeno ser é capaz de enlouquecer as pessoas com seus truques e até mesmo de mordê-las com seus dentes cobertos por um veneno letal. Melhor ser cauteloso e deixar uma oferenda de comida para ele no Natal.

                                          Belsnickel

      9 criaturas assustadoras que assombram o mundo no Natal (5)

Conhecido em lugares ligados à cultura germânica, o Belsnickel é um homem velho e sujo que surge algumas semanas antes do Natal e veste peles e roupas surradas. Com um bolso cheio de pedaços de bolo ou nozes e carregando um sino e um chicote em suas mãos, ele alterna entre dar comida e chicotear as pessoas com quem se encontra.

                                          Père Fouettard

                                           9 criaturas assustadoras que assombram o mundo no Natal (6)

Segundo uma lenda francesa, Fouettard e sua esposa atraíram três crianças para dentro do seu açougue para roubá-las. Após o homem matá-los cortando suas gargantas, ele usou suas habilidades de açougueiro para despedaçá-las e esconder seus corpos em alguns barris. Quando São Nicolau – o Papai Noel – descobriu o crime, reviveu as crianças e condenou Père a servi-lo eternamente, entregando carvão para quem se comportou mal.

                                                 Gryla

         9 criaturas assustadoras que assombram o mundo no Natal (7)

Famosa na cultura natalina da Islândia, Gryla é uma troll gigantesca que vive de mau humor por conta de sua fome insaciável pela carne de criancinhas. No Natal, reza a lenda que ela desce de sua montanha para caçar as crianças más, as coloca em seu saco e leva de volta para sua caverna. Lá chegando, ela cozinha todas vivas para fazer seu guisado favorito. Além disso, ela possui nada menos que 13 filhos, os jólasveinarnirm.

                                            Gato Yule

                               

Mascote de Gryla e dos jólasveinarnirm, o bichano gigantesco costuma se alimentar de crianças e adultos sem distinção, não se importando se foram bons ou maus ao longo do ano. A única defesa contra o felino insaciável é receber uma nova peça de roupa durante o Natal, o que faz com que a fera o ignore.

                         O espectro de Clarence Street

        9 criaturas assustadoras que assombram o mundo no Natal (9)

Certo dia, o fisicamente indesejável médico cinquentão Humphrey Brooke se apaixonou pela mulher mais jovem e bela da cidade de Liverpool, na Inglaterra, e resolveu escrever uma carta emocionada para convidá-la para um baile de Natal. A beldade, que costumava recusar incontáveis convites de belos e ricos homens, ficou tocada pela mensagem e resolveu aceitar o convite, para o desagrado de um invejoso amigo do doutor.
O traidor então resolveu informar o pai da jovem sobre os planos dos dois, cuidando para fazer com que Brooke parecesse ser o mais desprezível e perigoso possível. Em resposta, o familiar da moça proibiu o encontro e ameaçou o médico caso insistisse em conquistar sua filha, o que fez com que o doutor tivesse seu coração partido e morresse por conta de um infarto algumas horas depois.
Desde então, acredita-se que na véspera de Natal o espírito desconsolado de Humphrey Brooke assombra sua casa na Clarence Street, onde costumam ser ouvidas batidas estranhas e uma voz que xinga e chora vindo das paredes. Muitas pessoas que passaram por lá relatam ter visto um homem de cinquenta anos vestido com roupas da era vitoriana vagando pela rua na frente da residência.

                                           KRAMPUS


Dos ajudantes do bom velhinho, os holandeses são os mais polêmicos: pela tradição do país, Santa Claus (o Papai-Noel) chega no terceiro domingo de novembro a bordo de um trenó cheio de presentes e auxiliado por 40 homens de pele negra e lábios vermelhos usando trajes medievais, chamados "Zwarte Pieten" (Pedro, o Negro). Inclusive, no ano de 2014, a justiça do país determinou que a figura do auxiliar de Papai-Noel representaria um “estereótipo negativo para pessoas de pele preta”; no entanto, muitos holandeses se recusaram a mudar a tradição.
Porém, o mais medonho de todos os ajudantes é, de longe, o Krampus.
 Krampus é uma criatura mitológica que acompanha São Nicolau durante a época do Natal, segundo lendas de várias regiões do mundo. A palavra Krampus vem de Krampen, palavra para "garra" do alto alemão antigo. Nos Alpes, Krampus é representado por uma criatura semelhante a um demônio. Enquanto o Pai Natal dá presentes para as crianças boas, o Krampus avisa e pune as más crianças. Tradicionalmente, rapazes se vestem de Krampus nas duas primeiras semanas de dezembro, particularmente no anoitecer de 5 de dezembro, e vagam pelas ruas assustando crianças com correntes e sinos enferrujados. Em algumas áreas rurais, a tradição também inclui surras aplicadas pelo Krampus. 
As fantasias modernas de Krampus consistem em uma Larve (máscaras de madeira), pele de ovelha e chifres. A manufatura das máscaras artesanais demanda um esforço considerável, e vários jovens em comunidades rurais competem nos eventos do Krampus.

   

Em Oberstdorf, no sudoeste da parte alpina da Baviera, a tradição do der Wilde Mann ("o homem selvagem") é mantida viva. Ele é como o Krampus (exceto pelos chifres), veste peles e assusta crianças (e adultos) com suas correntes e sinos enferrujados, mas não é um assistente de São Nicolau.
Em 9 de dezembro de 2009, Krampus foi apresentado no The Colbert Report.[1] Também apareceu no episódio A Very Venture Christmas, o especial de natal de The Venture Bros..
A lenda é originária da região dos alpes europeus, sendo forte na Áustria, Alemanha, Hungria e Croácia e tem centenas de anos.
Vamos voltar centenas de anos no tempo. Não existia a figura do Papai Noel, mas sim de São Nicolau, e o seu dia era comemorado dia 06 de dezembro. Nesse dia, as crianças que foram boazinhas durante o ano ganhavam presentes. Só que a história começa um dia antes, no dia 05 de dezembro. Nesse dia quem saia nas ruas era um ser horrendo chamado Krampus, que ia atrás das crianças que não se comportaram bem. Ele as pegava, colocava em um cesto e as levava embora para serem castigadas! Imagina as crianças daquela época, deviam ficar aterrorizadas!
Krampus é apenas um dos nomes do companheiro maldoso de São Nicolau. Seu nome muda de região para região, país para país. Krampus é como um nome genérico. Outros nomes são: Schabmänner, Rauhen, Hans Trapp, Bellsnichol, Klaubauf, Pelzebock ou Pelznickel no sul da Alemanha e Schmutzli na Suiça.

                           Características do Krampus

Não iam criar um ser bonito para punir as crianças más, então usaram bem a imaginação e seus traços mais marcantes são:
- uma língua extremamente grande (huahuaha tá tocando Forever do Kiss neste momento!)
- corpo alto, coberto de pelos negros ou marrons
- um belo par de chifres
- um longo rabo
- pernas de bode
- carrega correntes
- tem na mão um feixe de galhos de madeira com o qual ameaça as crianças que se comportam mal ou que não sabem suas lições.
- Tem um cesto em suas costas para levar as crianças que não se comportaram bem.

Cartões e Festivais

  

Krampusnacht (Noite do Krampus) é um festival realizado atualmente em alguns locais da Europa no dia 05 de dezembro. Rapazes (a maioria bem bêbados) se vestem com peles de carneiro, uma máscara feita de madeira com chifres e seguram correntes. Alguns simplesmente desfilam junto com São Nicolau. Outros reproduziam o que todos sabiam que Krampus fazia: andavam sem objetivo nas ruas, alarmando as crianças, colocando medo naquelas que haviam se comportado mal e arrastavam pesadas correntes de ferro.
Outro costume derivado da lenda do Krampus é a troca de cartões de Natal. Nas figuras desses cartões era comum ter a imagem de São Nicolau e Krampus juntos, e na parte interna haviam mensagens engraçadas, com as frases: "Gruss vom Krampus” [Saudações de Krampus] ou “Brav Sein!” [Comporte-se!].

                    Por que quase ninguém conhece o Krampus?

                                   

Primeiro, porque é uma lenda dos alpes europeus. Assim como na Europa não conhecem nossas lendas, como o Saci, Boto etc... nós também não conhecemos muito das lendas europeias e o mais importante foi quando São Nicolau virou Papai Noel.
No século 19, São Nicolau passou a ser conhecido como Papai Noel nas Américas, mudando seu traje para o que conhecemos hoje, roupas vermelhas e barba branca. Só que o Krampus não veio com ele, coube ao próprio Papai Noel fazer o papel de ser bom e mal. As crianças boas ganham presentes do bom velhinho, e as más ganhavam um saco de carvão (juro que nunca ouvi falar essa história, mas a Ana disse que quando era criança sabia que as crianças más ganhavam um saco de carvão!).
Hoje, grupos estão lutando para introduzir a figura do Krampus nas festas natalinas, para ele assumir a punição para as crianças más, e o Papai Noel ficar sendo exclusivamente bonzinho :)
Uma forma é fazer ele aparecer em filmes, revistas e seriados. Teve um episódio de "Supernatural" que os irmãos encararam o Krampus.

                        Origem pré-cristã

                     

O Krampus, como você pode ver nas imagens, é representado como uma criatura bestial — com chifres de cabra, cascos de fauno e o corpo coberto de pelos — de aparência horripilante, e sua origem está relacionada ao folclore germânico. Há milhares de anos, antes do surgimento do Cristianismo, existia na Europa uma grande variedade de lendas associadas à realização de festejos e sacrifícios para honrar as divindades, para que no próximo ano a colheita fosse farta.
As celebrações costumavam ocorrer no solstício de inverno, e era comum que as pessoas se fantasiassem de demônios e saíssem pelas ruas para pedir comida e bebida. Essas tradições acabaram sobrevivendo ao tempo e se misturando às festividades cristãs, já que o solstício também coincide com a época em que se comemora o Natal.
Algumas das máscaras mais elaboradas geralmente são talhadas em madeira, contam com chifres de cabra de verdade e chegam a custar € 600 (cerca de R$ 2 mil). O traje tradicional completo, feito com pele de ovelha ou cabra e demais apetrechos, chega a custar entre € 500 e 600 (entre R$ 1.600 e R$ 2 mil aproximadamente). Provavelmente bem mais caros do que muitas fantasias de Papai Noel!
No século IV o Papa Gregório havia dito ao encapetado Santo Agostinho que permitisse que esse personagem de origem pagã fosse imcorporado às festividades. E isso foi uma jogada inteligente do papa, já que esse personagem pagão ainda era muito cultuado pelos povos desses países, especialmente na zona rural. Nada melhor do que batizar a criatura e incorporá-la às tradições cristãs, batizando o Krampus (que antes era chamado pelos nomes de Percht,  Bartl,  Ruprecht e Knech, entre outros) e colocando ele ao lado de São Nicolau como uma forma de equilibrar as forças entre o bem e o mal, o cristianismo só teve a ganhar.

                                   

De acordo com a lenda, o Krampus aparece na noite do dia 5 de dezembro e fica perambulando pelas ruas durante duas semanas, arrastando correntes enferrujadas e tocando sinos para assustar as crianças. Hoje em dia, jovens rapazes se fantasiam com trajes demoníacos superelaborados e saem pelas ruas, e muitos carregam varas e um cesto nas costas que serviria para capturar os desobedientes e levá-los para o inferno.

                                                              By Stela Bagwell

Fontes: Wikipédia, Mega Curioso, Ah Duvido

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

MITOLOGIA GRECO-ROMANA PARTE II: PERSONAGENS E CRIATURAS

         


                                                Pégasus 

                                   

Pégasus é um cavalo alado símbolo da imortalidade. Sua figura é originária da mitologia grega, presente no mito de Perseu e Medusa. Pégaso nasceu do sangue de Medusa quando esta foi decapitada por Perseu. Havendo feito brotar com uma patada a fonte Hipocrene, tornou-se o símbolo da inspiração poética. Belerofonte matou a poderosa Quimera, montando Pégaso após domá-lo com ajuda de Atena e da rédea de ouro, que em seguida tentou usá-lo para chegar ao Olimpo. Mas Zeus fez com que ele derrubasse seu cavaleiro, que morreu devido à grande altura. Zeus o recompensou transformando-o na constelação de pégasus, de onde deveria dali em diante ficar à serviço do deus dos deuses.

                                           Hidra 

                                  

A Hidra era um animal fantástico da mitologia grega, filho dos monstros Tifão e Equidna, que habitava um pântano junto ao lago de Lerna, na Argólida, costa leste do Peloponeso. A Hidra tinha corpo de dragão e nove cabeças de serpente cujo hálito era venenoso e que podiam se regenerar. A Hidra era tão venenosa que matava os homens apenas com o seu hálito; se alguém chegasse perto dela enquanto ela estava dormindo, apenas de cheirar o seu rastro a pessoa já morria em terrível tormento. A cada cabeça da Hidra que era decapitada, surgiam duas no lugar. Segundo a tradição, o monstro foi criado por Hera para matar Héracles.

                                        Minotauro

                               

O minotauro era uma criatura metade touro, metade homem. Ele habitava o centro do Labirinto, uma elaborada construção erguida para o rei Minos de Creta, e projetada pelo arquiteto Dédalo e seu filho, Ícaro especificamente para abrigar a criatura. O sítio histórico de Cnossos, com mais de 1300 compartimentos semelhantes a labirintos, já foi identificado como o local do labirinto do Minotauro, embora não existam provas contundentes que confirmem ou desmintam tal especulação. No mito, o Minotauro eventualmente morre pelas mãos do heroi ateniense Teseu.
Medusa - A Medusa, na mitologia grega, era um monstro ctônico do sexo feminino, uma das três Górgonas.Era filha de Fórcis e Ceto. Quem quer que olhasse diretamente para ela era transformado em pedra. Ao contrário de suas irmãs Górgonas, Esteno e Euríale, Medusa era mortal; foi decapitada pelo heroi Perseu, que utilizou posteriormente sua cabeça como arma, até dá-la para a deusa Atena, que a colocou em seu escudo. Na Antiguidade Clássica a imagem da cabeça da Medusa aparecia no objeto utilizado para afugentar o mal conhecido como Gorgoneion.

                                         Equidna

                                      

 Equidna, era uma criatura monstruosa da mitologia grega, com tronco de uma bela mulher (ou ninfa) e cauda de serpente em lugar dos membros. Era gigante, como um titã. Por isso era á única capaz de se unir com o horrendo Tifão. Vivia numa caverna no Peloponeso ou na Síria. As tradições divergem bastante quanto à sua origem. Segundo Hesíodo era filha de Forcis e Ceto, e portanto neta de Ponto e Gaia. Em outras versões seria descendente de Tártaro e Gaia ou ainda de Crisaor e Calírroe. Nas versões mais conhecidas, Equidna, em função da própria monstruosidade, casou-se com o horrendo deus Tifão, tornando-se a “mãe de todos os monstros”.

                                              Tifão

                                                  

Tifão, é um deus da mitologia a quem imputavam os gregos a paternidade dos ventos ferozes e violentos. Era filho de Gaia e de Tártaro. No sincretismo com o mito egípcio de Osíris, Tifão era identificado com o gigante Seb, responsável pela seca do Nilo e deus da morte, e que por inveja da fecundidade daquele o matara, sendo vingado por seu filho Anúbis identificado com Apolo. Junto à esposa Equidna foi pai de vários dos monstros que povoam as aventuras de heróis e deuses, como o Leão de Neméia, combatido por Hércules, a Hidra, a Esfinge, dos cães Ortros e Cérbero.

                                              Esfinge

                                       

A esfinge na mitologia grega era um demônio exclusivo de destruição e má sorte, de acordo com Hesíodo, uma filha da Quimera e de Ortro ou, de acordo com outros, de Tifão e de Equidna. A esfinte tinha a forma de um leão alado com uma cabeça de mulher; ou ela foi uma mulher com as patas, garras e peitos de um leão, uma cauda de serpente e asas de águia. Hera ou Ares mandaram a esfinge de sua casa na Etiópia para Tebas e, em Édipo Rei de Sófocles, pergunta a todos que passam o quebra-cabeça mais famoso da história, conhecido como o enigma da esfinge, decifra-me ou devoro-te:
Que criatura pela manhã tem quatro pés, ao meio-dia tem dois, e à tarde tem três?”
Ela estrangulava qualquer inábil a responder, dai a origem do nome esfinge, que deriva do grego sphingo, querendo dizer estrangular.

                                        Quimera 

       

Quimera é uma figura mítica caracterizada por uma aparência híbrida de dois ou mais animais e a capacidade de lançar fogo pelas narinas, sendo portanto, uma fera ou besta mitológica. De acordo com a versão mais difundida da lenda, a quimera era um monstruoso produto da união entre Equidna - metade mulher, metade serpente – e o gigantesco Tífon. Outras lendas a fazem filha da Hidra e do leão de Neméia, que foram mortos por Hércules. Criada pelo rei de Cária, mais tarde assolaria este reino e o de Lícia bafejando fogo incessantemente, até que o herói Belerofonte, montado no cavalo alado Pégaso, conseguiu matá-la.

                                      Leão de Nemeia

                     

O leão de Neméia é uma criatura da mitologia greco-romana que habitava a planície de Neméia, na Argólida, aterrorizando aquela toda a região. A terrível fera não podia ser morta por um homem normal e todos os que tentavam enfrentá-lo ficavam completamente aterrorizados pelo seu rugido, que podia ser ouvido a quilômetros de distância. Além disso, arma alguma podia penetrar o couro do animal, e todos que o tentavam matar com lanças ou flechas acabavam sendo devorados. A origem do Leão da Neméia é controvertida. Segundo algumas versões, era tido era filho de Tifão e Equidna. Outras lendas o dão como fruto da união de Equidna e seu próprio filho Ortros, o cão de duas cabeças. Outra versão é de que seria filho deCérbero com Quimera, e portanto neto de Tifão e Equidnae.

                                           Cérbero

  

Na mitologia grega, Cérbero era um monstruoso cão de múltiplas cabeças e cobras ao redor do pescoço que guardava a entrada do submundo, o reino subterrâneo dos mortos, deixando as almas entrarem, mas jamais saírem e despedaçando os mortais que por lá se aventurassem. A descrição da morfologia de Cérbero nem sempre é a mesma, havendo variações. Mas uma coisa que em todas as fontes está presente é que Cérbero era um cão que guardava as portas do Tártaro, não impedindo a entrada e sim a saída. Quando alguém chegava, Cérbero fazia festa, era uma criatura adorável. Mas quando a pessoa queria ir embora, ele a impedia; tornando-se um cão feroz e temido por todos. Os únicos que conseguiram passar por Cérbero saindo vivos do submundo foram Héracles, Orfeu, Enéias e Psiquê.

                                                   Ortros

                                     

Ortros era um cão bicéfalo da mitologia grega. Considerado o cão de guarda mais feroz da antiguidade, sua cauda era uma serpente. Sua mãe, Equidna, era uma mulher-serpente e seu pai, Tifão, possuia cabeça de cavalo. Ortros era irmão do cão Cérbero, que guardava o submundo. Ortros era mascote de Gerião, gigante de três corpos, seis asas e seis braços, pastor de um dos maiores e melhores rebanhos de toda a África. Ortros vigiava seu gado, na ilha de Eritéia, onde Héracles o matou, para cumprir o seu décimo trabalho. Há quem diga que o dono original de Ortro foi Atlas, o titã que carregava a Terra nos ombros. Conta-se que depois de ter sido morto por Héracles, Ortros ascendeu aos céus e transformou-se na estrela Sírius (Estrela do Cão), que é a estrela mais brilhante do céu noturno.

                                            Ládon

                                       

Ládon, o Dragão da Cólquida, na mitologia grega, era conhecido como o guardião do velocino de ouro, no qual o herói Jasão e os argonautas conseguiram se apoderar. O dragão da Cólquida era muito grande, mas era muito lento. A lenda diz que dormia com um olho aberto e outro fechado. Muitos heróis tentaram, mas apenas Jasão conseguiu. Para conseguir o velocino dourado, os heróis teriam que matar búfalos de fogo, semear seus dentes, lutar com guerreiros cadavéricos nascidos dos dentes, chamados Sparti, derrotá-los para chegar até o dragão e matá-lo. Tudo isso no mesmo dia. Conforme refere Hesíodo na sua Teogonia, Gaia, a Terra, e seu filho Ponto, o mar, tiveram muitos filhos, entre os quais se contavam Fórcis e Ceto. Por sua vez, estes dois deram lugar a uma terrível linhagem: as três Górgonas, Esteno, Euríade e Medusa e as duas gréias, criaturas já nascidas de cabelo grisalho. Por último, Ceto “pariu uma terrível serpente que, nos flancos da terra negra, na extremidade do Mundo, guardava as maçãs de ouro”. Este era Ládon, e a sua história está associada à das Hespérides.

                                               Greias

                                             

Na mitologia grega, as Gréias eram três irmãs que tinham apenas um dente e um olho, que compartilhavam. Tinham os cabelos grisalhos desde o nascimento, e por isso o nome Gréias. Eram irmãs mais velhas das Górgonas, sendo filhas de Fórcis e Ceto. Seus nomes são: Ênio, Péfredo e Dino. Perseu roubou o olho e o dente delas, e só os devolveu quando elas lhe deram informações que o ajudariam a encontrar e matar Medusa.

                                                Parcas

                                             

Na mitologia grega, Parcas, ou as Moiras eram as três irmãs que determinavam o destino, tanto dos deuses, quanto dos seres humanos. Eram três mulheres lúgubres, responsáveis por fabricar, tecer e cortar aquilo que seria o fio da vida de todos os indivíduos. Durante o trabalho, as moiras fazem uso da Roda da Fortuna, que é o tear utilizado para se tecer os fios. As voltas da roda posicionam o fio do indivíduo em sua parte mais privilegiada (o topo) ou em sua parte menos desejável (o fundo), explicando-se assim os períodos de boa ou má sorte de todos. As três deusas decidiam o destino individual dos antigos gregos, e criaram Têmis, Nêmesis e as Erínias. Pertenciam à primeira geração divina (os deuses primordiais), e assim como Nix, eram domadoras de deusas e homens. As Moiras eram filhas de Nix (ou de Zeus e Têmis). Moira, no singular, era inicialmente o destino. Na Ilíada, representava uma lei que pairava sobre deuses e homens, pois nem Zeus estava autorizado a transgredi-la sem interferir na harmonia cósmica. Na Odisseia aparecem as fiandeiras. O mito grego predominou entre os romanos a tal ponto que os nomes das divindades caíram em desuso. Entre eles eram conhecidas por Parcas chamadas Nona, Décima e Morta, que tinham respectivamente as funções de presidir a gestação e o nascimento, o crescimento e desenvolvimento, e o final da vida; a morte; notar entretanto, que essa regência era apenas sobre os humanos.

                                          Fúrias

                       

As Fúrias, ou Erínias, ou ainda Benevolentes eram personificações da vingança, semelhantes a Nêmesis. Enquanto Nemesis punia os deuses, as Erínias puniam os mortais. Eram Tisífone (Castigo), Megera (Rancor) e Alecto (Interminável). Viviam nas profundezas do submundo, onde torturavam as almas pecadoras julgadas por Hades e Perséfone. Nasceram das gotas do sangue que caíram sobre Gaia quando o deus Urano foi castrado por Cronos. Pavorosas, possuíam asas de morcego e cabelo de serpente. As Erínias, deusas encarregadas de castigar os crimes, especialmente os delitos de sangue, são também chamadas Eumênides, que em grego significa as bondosas ou as Benevolentes, eufemismo usado para evitar pronunciar o seu verdadeiro nome, por medo de atrair sobre si a sua cólera. Em Atenas, usava-se como eufemismo a expressão Semnai Theai, ou deusas veneradas. Na versão de Ésquilo, as Erínias são filhas da deusa Nix, da noite. Supunha-se elas serem muitas, mas na peça de Ésquilo elas são apenas três, que encarregavam-se da vingança e habitam, segundo as versões, o Érebo ou o Tártaro, o inframundo, onde descansam até que são de novo reclamadas na Terra.

                                              Caríbdis

                                     

Caríbdis era um monstro marinho protetor de limites territoriais no mar. Em outra tradição, seria um turbilhão criado por Poseidon. Em tempos mais antigos, Caríbdis era mais ligado a lendas de marinheiros e pescadores do que a própria mitologia grega. Homero posicionou-a como entidade mitológica, tirando-a de simples lenda regional. Homero a chamava de “a divina Caríbdis”, usando o mesmo adjetivo aplicado à bela ninfa das cavernas, Calipso. Durante sua existência como ninfa, Caríbdis se caracterizava por uma voracidade extrema. Quando Héracles passou perto de Messina, levando os bois de Gerião, roubou alguns dos animais e devorou-os. Ao tentar investir contra o herói, que tentava recuperar seu gado, Caríbdis foi fulminada por Zeus com um raio, e lançada às profundezas do mar, onde se transformou em um monstro marinho.

                                             Ethon 

                              

Ethon foi uma águia (ou abutre) filha de Tífon com Equidna. Zeus a mandava toda noite ao monte Cáucaso para devorar o fígado de Prometeu, que a cada noite se reconstituia.

                                       Argos Panoptes 

                                 

Argos Panoptes era um gigante com cem olhos. Servo fiel de Hera, é incumbido pela deusa de tomar conta de Io, uma princesa e amante de Zeus transformada em novilha. Era um excelente boiadeiro, visto que, quando dormia, mantinha 50 de seus olhos despertos. Para libertar Io a mando de Zeus, Hermes o pôs para dormir e em seguida cortou sua cabeça. Hera o homenageou transformando-o em pavão - sua ave sagrada -, em cuja cauda pôs seus cem olhos.

                                        Centauros

                                     

Na mitologia grega, os centauros são uma raça de seres com o torso e cabeçahumanos e o corpo de cavalo. Os centauros são muito conhecidos pela luta que mantiveram com os Lápitas, provocada pelo seu intento de raptar Hipodâmia no dia da sua boda com Pirítoo, rei dos Lápitas e também filho de Íxion. A discussão entre estes primos é uma metáfora do conflito entre os baixos instintos e o comportamento civilizado na humanidade. Teseu, um herói e fundador de cidades que estava presente, inclinou a balança do lado da ordem correcta das coisas, e ajudou Pirítoo. Os centauros foram expulsos da Tessália e vieram a habitar o Épiro. Mais tarde Héracles exterminou quase todos. Cenas da batalha entre os Lápitas e os centauros foram esculpidas em baixo relevos no friso do Partenão, que estava dedicado à deusa da sabedoria Atena.

                                                     Ciclopes 

                                       

Os ciclopes eram, na mitologia grega, gigantes imortais com um só olho no meio da testa que, segundo o hino de Calímaco, trabalhavam com Hefestocomo ferreiros, forjando os raios usados por Zeus. Os ciclopes podem ser divididos em dois grupos de acordo com o tempo de existência: os ciclopes antigos (ou primeira geração) e os ciclopes jovens (nova geração). Eles aparecem em muitos mitos da Grécia, porém com uma origem bastante controversa. De acordo com sua origem, esses seres são organizados em três diferentes espécies: os urânios, filhos de Urano e Gaia, os sicilianos, filhos do deus dos mares Poseidon, e os construtores, que provêm do território da Lícia.

                                           Ctónicos 

                               

Na mitologia grega, o termo ctónico designa ou refere-se aos deuses ou espíritos do mundo subterrâneo, por oposição às divindades olímpicas. Por vezes são também denominados “telúricos”. Enquanto termos como “divindade da terra” têm implicações mais amplas, os termos khthonie e khthonios têm um significado mais técnico e preciso em grego, referindo-se antes de mais nada à forma como se ofereciam sacrifícios ao deus em questão. No culto ctónico típico, o animal vítima era massacrado num bothros ou megaron. No culto aos deuses olímpicos, pelo contrário, a vítima era sacrificada sobre um bomos elevado. As divindades ctónicas também tendiam a preferir as vítimas negras sobre as brancas, e as oferendas eram normalmente queimadas inteiras ou enterradas em vez de ser cozinhadas e repartidas entre os devotos.

                                                Harpia 

                                             

As harpias são criaturas da mitologia grega, frequentemente representadas como aves de rapina com rosto de mulher e seios. Na história de Jasão, as harpias foram enviadas para punir o cego rei trácio Fineu, roubando-lhe a comida em todas as refeições. Os argonautas Zetes e Calais, filhos de Bóreas e Orítia, libertaram Fineu das hárpias, que, em agradecimento, mostrou a Jasão e os argonautas o caminho para passar pelas Simplégades. Enéias e seus companheiros, depois da queda de Tróia, na viagem em direção à Itália, pararam na ilha das Harpias; mataram animais dos rebanhos delas, as atacaram quando elas roubaram as carnes, e ouviram de uma das Harpias terríveis profecias a respeito do restante de sua viagem. Segundo Hesíodo, as harpias eram irmãs de Íris, filhas de Taumante e a oceânide Electra, e seus nomes eram Aelo (a borrasca) e Ocípete (a rápida no vôo). Higino lista os filhos de Taumante e Electra como Íris e as hárpias, Celeno, Ocípete e Aelo, mas, logo depois, dá as hárpias como filhas de Taumante e Oxomene.

                                         Hecatônquiros

                                         

Os hecatônquiros (em grego Έκατόνχειρες Hekatonkheires, “os de cem mãos”), também conhecidos por Centimanos (do latim Centimani), eram três gigantes da mitologia grega, irmãos dos 12 Titãs e dos 3 Ciclopes, filhos de Urano e Gaia: Briareu (“forte”), Coto (“filho de Cotito”) eGiges (“o membrudo”). Possuíam cem mãos(em algumas histórias, possuíam também, 50 cabeças). Urano, que os hostilizava, acabou mandando-os para as entranhas de Gaia. O seu filho Cronos que cumprira a profecia do oráculo de Delfos em que um de seus filhos iria mata-lo, ajudou-os a escapar e a montar a rebelião que culminaria com a castração de Urano. Depois da queda de Urano, Cronos sobe ao poder e os aprisiona no Tártaro. São libertados por Zeus, que os ajuda a montar uma emboscada. Como possuiam cem braços, eram hábeis venceram os Titãs junto com os deuses olímpianos e no comando Zeus, essa foi a famosa titanomaquia. Depois de derrotar os Titãs, os hecatônquiros se estabeleceram em palácios no rio Oceanus, ficaram como guardiões das portas do Tártaro, onde Zeus havia aprisionado os Titãs.

                                            Helíades 

                                        

As Helíades, na mitologia grega, eram as filhas de Hélio, o deus que conduzia o Sol diante de Apolo. De acordo com algumas versões de seu mito, eram três: Egialeia, Egle e Etéria. De acordo com outra, seriam cinco: Hélia, Mérope, Febe,Etéria e Dioxipe. Seu possível irmão, Fáeton, morreu após tentar conduzir a carruagem de seu pai (o Sol) pelo céu; incapaz de controlar os cavalos, acabou despencando das alturas. As Helíades entraram em luto por cinco meses, e os deuses as transformaram nos choupos, e suas lágrimas em âmbar. Algumas fontes dizem que suas lágrimas teriam formado o rio Erídano.

                                                Lâmia 

   

Na mitologia grega, Lâmia era uma rainha da Líbia que tornou-se um demônio devorador de crianças. Chamavam-se também de Lâmias um tipo de monstros, bruxas ou espíritos femininos, que atacavam jovens ou viajantes e lhes sugavam o sangue. Diversas histórias são contadas a respeito de Lâmia. Sua aparência também varia de lenda para lenda. Na maior parte das versões, contudo, seu corpo, abaixo da cintura, tem a forma de uma cauda de serpente. Esta versão popularizou-se especialmente a partir do poema Lamia, publicado pelo inglês John Keats em 1819. Diodoro Sículo, por sua vez, a descreve como uma mulher de rosto distorcido. De acordo com a versão mais corrente, Lâmia era uma belíssima rainha da Líbia, filha de Poseidon e amante de Zeus, de quem concebeu muitos filhos, dentre os quais a ninfa Líbia. Hera, mulher de Zeus, corroída pelos ciúmes, matava seus filhos ao nascer e, ao final, a transformou em um monstro(em outras versões Lâmia foi esconder-se em uma caverna isolada e o que a transformou em um monstro foi seu próprio desespero). Por fim, para torturá-la ainda mais, Lâmia foi condenada por Hera a não poder cerrar os olhos, para que ficasse para sempre obcecada com a imagem dos filhos mortos. Zeus, apiedado, deu-lhe o dom de poder extrair os olhos de vez em quando para descansar. A terrível inveja que Lâmia sentia das outras mães fazia com que vagasse noite e dia sem dormir, espreitando as crianças para as devorar. Devido a esta lenda, a Lâmia era usada na antiguidade para assustar as crianças, da mesma forma que a Cuca e o Bicho Papão, no folclore português e brasileiro. O poeta Horácio (Quintus Flavius Horatius) fala sobre ela em sua Ars Poetica “Ficta uoluptatis causa sint proxima ueris, // ne quodcumque uolet poscat sibi fabula credi,// neu pransae Lamiae uiuum puerum extrahat aluo.” Não exija a história que se acredite em qualquer coisa que queira, nem extraia vivo do ventre de Lâmia (73) as crianças por ela jantadas.

                                           Mênades

                                     

Na mitologia grega, as Mênades, também conhecidas como bacantes, tíades ou bassáridas, eram mulheres seguidoras e adoradoras do culto de Dioniso (ou Baco). Eram conhecidas como selvagens e endoidecidas, de quem não se conseguia um raciocínio claro. Durante o culto, dançavam de uma maneira muito livre e lasciva, em total concordância com as forças mais primitivas da natureza. Os mistérios que envolviam o deus, provocavam nelas um estado de êxtase absoluto, entregando-se a desmedida violência, derramamento de sangue, sexo, embriaguez e autoflagelação. Normalmente são representadas nuas ou vestidas só com peles de veado, com grinaldas de Hera e empunhando um tirso (bastão envolto em ramos de videira).

                                               Ninfas

                              

Na mitologia grega, ninfas são qualquer membro de uma grande categoria de deusa - espíritos naturais femininos, às vezes ligados a um local ou objeto particular. Muitas vezes, ninfas compõem o aspecto de variados deuses e deusas, ver também a genealogia dos deuses gregos. São frequentemente alvo da luxúria dos sátiros. Em outros resumos as ninfas seriam fadas sem asas, leves e delicadas. São a personificação da graça criativa e fecundadora na natureza. Ninfa deriva do grego nimphe, que significa “noiva”, “velado”, “botão de rosa”, dentre muitos outros significados. As ninfas são espíritos, habitantes dos lagos e riachos, bosques,florestas, prados e montanhas. São frequentemente associadas a deuses e deusas maiores, como a caçadora Ártemis, ao aspecto profético de Apolo, ao deus das árvores e da loucura Dionísio, ao aspecto pastoreador de Hermes. Uma classe especial de ninfas, as Melíades, foram citadas por Homero como as mais ancestrais das ninfas. Enquanto as demais ninfas são normalmente filhas de Zeus, as Melíades descendem de Urano. Apesar de serem consideradas divindades menores, espíritos da natureza, as ninfas são divindades às quais todo o mundo Helénico prestava grande devoção e homenagem, e mesmo temor. Não podemos esquecer que,de acordo com a mitologia grega, Hérmia era a rainha das fadas e ninfas.

                                              Nereidas 

  

Na mitologia grega, as Nereides eram as cinquenta filhas (ou cem, segundo outros relatos) de Nereue de Dóris. Nereu compartilhava com elas as águas do Mar Egeu. Nereu, um deus marinho mais antigo que Neptuno, era filho de Pontos, era descrito como um velho pacato, justo, benévolo e sábio que representava a calma e serenidade do mar. Já Dóris era filha de Oceano e de Tétis, sendo uma das três mil Oceânides. As Nereidas eram veneradas como ninfas do mar, gentis e generosas, sempre prontas a ajudar os marinheiros em perigo. Por sua beleza, as Nereidas também costumavam dominar os corações dos homens. São representadas com longos cabelos, entrelaçados com pérolas. Caminham sobre golfinhos ou cavalos-marinhos. Trazem à mão ora um tridente, ora uma coroa, ora um galho de coral. Algumas vezes representam-nas metade mulheres, metade peixes. O único relato onde elas prejudicam os mortais consta do mito de Andrômeda. Segundo o mito, elas exigiram o sacrifício de Andrômeda como punição pelo fato de Cassiopeia, mãe da jovem, ter alegado ser mais bela que as Nereidas.

                                            Oceânides

                                   

Nas mitologia grega e romana, as oceânides são as ninfas. Coroadas de flores, elas acompanham, durante os cortejos, a concha de Tétis, sua mãe. As Oceânides são as ninfas dos fundos inacessíveis do mar e do Oceanus, seu pai. Algumas, nas lendas, distinguiram-se, tais como Clímene, esposa do titã Jápeto, e Dione, amante de Zeus.

                                               Plêiades 

               

Na mitologia grega, as plêiades eram filhas de Atlas e Pleione. Cansadas de serem perseguidas pelo caçador Órion, pediram a Zeus que as transformasse em umaconstelação. As plêiades são: Electra, Celeno, Taigete, Maia, Mérope, Asterope e Dríope.


                                                Sátiros

  

Sátiro, na mitologia grega, era a entidade da natureza com o corpo metade humano e metade de bodes. Equivale ao fauno da mitologia romana. Normalmente eram-lhes consagrados o pinho e a oliveira e apesar de serem divinos, não eram imortais. Na mitologia dos povos gregos, os sátiros são divindades menores da natureza com o aspecto de homens com cauda e orelhas de asno ou cabrito, pequenos chifres na testa, narizes achatados, lábios grossos, barbas longas e órgãos sexuais de dimensões bem acima da média – muito freqüentemente mostrados em estado de ereção. Viviam nos campos e bosques e tinham freqüentes relações sexuais com as ninfas (principalmente as Mênades, que a eles se juntavam no cortejo de Dioníso), além de copularem com mulheres e rapazes humanos, cabras e ovelhas.

                                            Grifo

  

Os grifos são elementos presentes em diversas mitologias, contudo, é na mitologia grega que eles são mais reconhecidos (até hoje) e possuem mais detalhes. Mas a figura do grifo – aparentemente – surgiu no Oriente Médio, onde os babilônios, assírios e persas “deram vida” a esta criatura em pinturas e esculturas:

Seres alados (ou seja, possuem asas).
Possuem um corpo de leão.
Possuem a cabeça de uma águia.
Têm o dorso coberto de penas.
Suas patas são descritas como enormes.

Os grifos na Grécia

Na Grécia, dizia-se que os grifos eram usados pelos deuses como guardiões, pois eram criaturas fortes e ferozes, que assustavam e podiam chegar a enfrentar as pessoas para cumprir a missão para qual eram designados. Por exemplo: Dionísio utilizava os grifos para proteger sua famosa cratera de vinho, já Apolo tratava-os como guardiões dos seus tesouros no país de hiperbóreos, na Cítia. O poderoso Zeus, deus dos trovões, tratava os grifos como seus cães de guarda – dizia-se, inclusive, que os grifos pertenciam à ele.
Obviamente, esta tática atraía cobiça, pois como guardiões, certamente estavam cercando algo precioso e importante – como os tesouros de Apolo. Mas os grifos, no geral, eram criaturas difíceis de “vencer”.

                                         Caronte

                 

Caronte , em grego antigo: Χάρων, transl. Kháron,  é o barqueiro do Hades, que carrega as almas dos recém-mortos sobre as águas do rio Estige e Aqueronte, que dividiam o mundo dos vivos do mundo dos mortos. Uma moeda para pagá-lo pelo trajeto, geralmente um óbolo ou dânaca, era por vezes colocado dentro ou sobre a boca dos cadáveres, de acordo com a tradição funerária da Grécia Antiga. Segundo alguns autores, aqueles que não tinham condições de pagar a quantia, ou aqueles cujos corpos não haviam sido enterrados, tinham de vagar pelas margens por cem anos. No mitema da catábase, alguns heróis - como Héracles, Orfeu, Enéas, Dioniso e Psiquê - conseguem viajar até o mundo inferior e retornar, ainda vivos, trazidos pela barca de Caronte. Era filho de Nix, a Noite.

                                             Gigantes


Gigantes, na mitologia grega, são personagens caracterizados por sua estatura e força excepcionais.
Os gigantes foram criados por Gaia, deusa primordial da terra, e Tártaro, o abismo, para derrotar Zeus, pois ela enfureceu-se quando ele prendeu os titãs no Tártaro. Os gigantes podiam ser mortos se atacados por um deus e um mortal simultaneamente. Os gigantes mais famosos são:

Tifão: Pai dos monstros, gigante da tempestade.
Eurimedon: Primeiro rei do gigantes
Alcioneu: Criado para se opor a Hades/Plutão. Morto por seu sobrinho-neto, Herácles/Hércules, auxiliado por Atena, que aconselhou o herói arrastá-lo para longe de Palene, sua cidade natal, porque, cada vez que o Gigante caía recobrava as forças, por tocar a terra, de onde havia saído.

Porfírion: Rei dos gigantes. Criado para se opor a Zeus/Júpiter. Porfírio atacou a Héracles e Hera, mas Zeus inspirou-lhe um desejo ardente por esta e enquanto o monstro tentava arrancar-lhe as vestes, Zeus o fulminou com um raio e Héracles acabou com ele a flechadas.
Clítio: Criado para se opor a Hécate/Trívia e drenar sua energia. Foi imolado por sua sobrinha Hecate com tochas de fogo.

Damios:Criado para destruir Hypnos/Somnus. Morto por Hypnos no monte Olimpo.
Encelado: Opunha-se a Atena/Minerva. Morto por sua sobrinha-neta, Atena, quando esta jogou em cima dele a ilha de Sicília, depois foi enterrado sob o monte Etna, como Tifão, na Sicília.
Efialtes e Oto: Opunha-se a Dionísio/Baco. Morto pelos sobrinhos Apolo, com uma flechada no olho esquerdo, e Herácles/Hércules, com uma flechada no olho direito.

Eurito: Morto pelo sobrinho-neto Dionísio com sua pinha derrubado tirsos.

Gration: Opunha-se a Selene/Luna. Assassinado por sua sobrinha-neta,Com raios Lunares.
Hipólito: Opunha-se a Hermes/Mércurio. Morto por seu sobrinho-neto Hermes com sua espada e com o capacete de Hades, que o tornava invisível.

Leon: A cabeça de leão, morto por Herácles/Hércules na guerra gigantes.

Mimas: Opunha-se a Hefesto/Vulcano. Morto por Hefesto sobrinho-neto com uma saraivada de ferro fundido, ou morto por Ares e roubado de sua armadura.

Palas: Morto pela sobrinha Atena. Esta se serviu da pele do mesmo, como uma couraça, até o fim da luta.

Damasén: Opunha-se a Ares/Marte. Morto por Ares no Olimpo.

Polibotes: Opunha-se a Poseidon/Netuno. Esmagado pelo sobrinho de Poseidon abaixo da ilha de Nisiros.

Toas: Opunha-se às moiras/Parcas. Apanhou até a morte por suas três sobrinha-netas, às moiras, com clubes de bronze.

Agrios: Opunha-se as moiras/parcas. Apanhou até a morte por suas três sobrinha-netas, às moiras, com clubes de bronze.

Peribéia: Filha de Eurimedon ou de Profírion. Opunha-se a Afrodite, que a matou com seu espelho.

                                    Mantícora

                            

Manticora ou Manticore é uma criatura mitológica, semelhante às quimeras, com cabeça de homem, três afiadas fileiras de dentes de tubarão e com voz trovejante - e corpo de leão (geralmente, com pelo ruivo),olhos de cores diferentes e cauda de escorpião ou de dragão com a qual pode disparar espinhos venenosos, que matam qualquer ser, exceto o elefante. Em algumas descrições, aparece com asas de Dragão ou Morcego, variando as descrições, no que diz respeito às suas dimensões: pode ter desde o tamanho de um leão até o tamanho de um cavalo.
Originária da mitologia persa, onde era apresentada como um monstro antropófago, o termo que a identifica tem também origem na língua persa: de martiya (homem) e khvar (comer). A palavra foi depois usada pelos gregos, na forma Mantikhoras, que deu origem ao latim Mantichora. A figura passou a ser referida na Europa através dos relatos de Ctésias de Cnido, um médico grego da corte do Rei Artaxerxes II, no século IV a.C., nas suas notas sobre a Índia ("Indika"). Esta obra, muito utilizada pelos escritores gregos de História Natural, não sobreviveu até a atualidade. Plínio, o Velho incluiu-a na sua História Natural. Mais tarde, o escritor grego Flávio Filóstrato mencionou-a em sua obra Vida de Apolônio de Tiana (livro III, capitulo XLV). existentes, com uma pele que repele quase todos os feitiços conhecidos. Segundo algumas lendas, as manticoras surgiram quando um rei foi amaldiçoado e se transformou em manticora. Aparentemente estas criaturas foram inspiradas em tigres.
Até hoje, muitas histórias de pessoas desaparecidas na Índia são ligadas às Manticoras. Hoje sabemos que, na verdade, os responsáveis pelos desaparecimentos eram os tigres. A manticora é famosa por cantarolar baixinho enquanto come sua presa afim de distrai-la e/ou amedronta-la.

                                         Medusa

                               

A Medusa , em grego: Μέδουσα, Médousa, "guardiã", "protetora", na mitologia grega, era um monstro ctônico do sexo feminino, uma das três Górgonas. Filha de Fórcis e Ceto (embora o autor antigo Higino interpole uma geração e cite outro casal ctônico como os pais da Medusa), quem quer que olhasse diretamente para ela era transformado em pedra. Ao contrário de suas irmãs górgonas, Esteno e Euríale, Medusa era mortal; foi decapitada pelo herói Perseu, que utilizou posteriormente sua cabeça como arma,  até dá-la para a deusa Atena, que a colocou em seu escudo. Na Antiguidade Clássica a imagem da cabeça da Medusa aparecia no objeto utilizado para afugentar o mal conhecido como Gorgoneion.

                                              Pandora

                       

Pandora ("a que possui todos os dons", ou "a que é o dom de todos os deuses") foi a primeira mulher, criada por Zeus como punição aos homens pela ousadia do titã Prometeu em roubar aos céus o segredo do fogo.

Origem

Pandora era a filha primogênita de Zeus que, aos 9 anos de idade, recebeu de presente de seu pai o colar usado por Prometeu que foi retirado dele ao pagar a sua pena por roubar o fogo dos deuses. Pandora, então, arranjou uma caixa para pôr seu colar, a mesma caixa em que ela guardou a sua mente e as lembranças de seu primeiro namorado, cujo nome era Narciso. A caixa podia apenas guardar bens de todo o tipo, com exceção de bens materiais. Como o colar era um bem material, ele se auto-destruiu.
Para Pandora o colar tinha valor sentimental, o que a fez chorar por muitos dias seguidos sem parar. Como a caixa guardava lembranças com a intenção de sempre recordar-las ao "dono", Pandora sempre se sentia triste. Tentou destruir a caixa para ver se ela se esquecia do fato, mas não funcionou, a caixa era fruto de um grande feitiço, que a impedia de ser destruída. Pandora então, aos 36 anos, se matou. Não aguentou viver mais de 27 anos com aquela "maldição".
A caixa de Pandora é uma expressão muito utilizada quando se quer fazer referência a algo que gera curiosidade, mas que é melhor não ser revelado ou estudado, sob pena de se vir a mostrar algo terrível, que possa fugir de controle. Esta expressão vem do mito grego, que conta sobre a caixa que foi enviada com Pandora a Epimeteu.

Pandora foi enviada a Epimeteu, irmão de Prometeu, como um presente de Zeus. Prometeu, antes de ser condenado a ficar 30.000 anos acorrentado no Monte Cáucaso, tendo seu fígado comido pelo abutre Éton todos os dias,alertou o irmão quanto ao perigo de se aceitar presentes de Zeus.

Epimeteu, no entanto, ignorou a advertência do irmão e aceitou o presente do rei dos deuses, tomando Pandora como esposa. Pandora trouxe uma caixa (uma jarra ou ânfora, de acordo com diferentes traduções), enviada por Zeus em sua bagagem. Epimeteu acabou abrindo a caixa, e liberando os males que haveriam de afligir a humanidade dali em diante: a velhice, o trabalho, a doença, a loucura, a mentira e a paixão. No fundo da caixa, restou a Esperança (ou segundo algumas interpretações, a Crença irracional ou Credulidade). Com os males liberados da caixa, teve fim a idade de ouro da humanidade.

Interpretação

Pode-se perguntar quanto ao sentido desta lenda: por que uma caixa, ou jarra, contendo todos os males da humanidade conteria também a Esperança? Na Ilíada, Homero conta que, na mansão de Zeus, haveria duas jarras, uma que guardaria os bens, outra os males. A Teogonia de Hesíodo não as menciona, contentando-se em dizer que sem a mulher, a vida do homem não é viável, e com ela, mais segura. Hesíodo descreve Pandora como um "mal belo" (καλὸν κακὸν/kalòn kakòn).

O nome "Pandora" possui vários significados: panta dôra, a que possui todos os dons, ou pantôn dôra, a que é o dom de todos (dos deuses).

A razão da presença da Esperança com os males deve ser procurada através de uma tradução mais acurada do texto grego. A palavra em grego é ἐλπίς/elpís, que é definida como a espera de alguma coisa; pode ser traduzida como esperança, mas essa tradução seguramente é arbitrária. Uma tradução melhor poderia ser "antecipação", ou até o temor irracional. Graças ao fechamento por Pandora da jarra no momento certo, os homens sofreriam somente dos males, mas não o conhecimento antecipado deles, o que provavelmente seria pior.
Eles não viveriam o temor perpétuo dos males por vir, tornando suas vidas possíveis. Prometeu se felicita assim de ter livrado os homens da obsessão com a própria morte. Uma outra interpretação ainda sugere que este último mal é o de conhecer a hora de sua própria morte e a depressão que se seguiria por faltar a esperança.

Um outro símbolo está inserido neste mito. A jarra (pithos) nada mais é que uma simples ânfora: um vaso muito grande, que serve para guardar grãos. Este vaso só fica cheio através do esforço, do trabalho no campo, seu conteúdo então simboliza a condição humana. Por conseqüência, será a mulher que a abrirá e a servirá, para alimentar a família.

Uma aproximação deste mito pode ser feita com a Queda de Adão e Eva, relatada no livro do Gênesis. Em ambos os mitos é a mulher, previamente avisada (por Deus, na Bíblia, ou, aqui, por Prometeu e por Zeus), que comete um erro irremediável (comendo o fruto proibido, na Bíblia, ou, aqui, abrindo a caixa, ou jarra, de Pandora), condenando assim a humanidade a uma vida repleta de males e sofrimentos. Todavia, a versão bíblica pode ser interpretada como mais indulgente com a mulher, que é levada ao erro pela serpente, mas que divide a culpa com o homem.

A mentalidade politeísta vê Pandora como a que deu ao homem a possibilidade de se aperfeiçoar através das provas e da adversidade (o que os monoteístas chamam de males). Ela lhe dá assim a força de enfrentar estas provas com a Esperança. Na filosofia pagã, Pandora não é a fonte do mal; ela é a fonte da força, da dignidade e da beleza, portanto, sem adversidade o ser humano não poderia melhorar.

                                            Fenix

                               

A fênix ou fénix é um pássaro da mitologia grega que, quando morria, entrava em auto-combustão e, passado algum tempo, renascia das próprias cinzas. Outra característica da fénix é sua força que a faz transportar em voo cargas muito pesadas, havendo lendas nas quais chega a carregar elefantes. Podendo se transformar em uma ave de fogo.
Teria penas brilhantes, douradas, e vermelho-arroxeadas, e seria do mesmo tamanho ou maior do que uma águia. Segundo alguns escritores gregos, a fénix vivia exatamente quinhentos anos. Outros acreditavam que seu ciclo de vida era de 97.200 anos. No final de cada ciclo de vida, a fénix queimava-se numa pira funerária. A vida longa da fénix e o seu dramático renascimento das próprias cinzas transformaram-na em símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual.
Os gregos parecem ter se baseado em Bennu, da mitologia egípcia, representado na forma de uma ave acinzentada semelhante à garça, hoje extinta, que habitava o Egito. Cumprido o ciclo de vida do Bennu, ele voava a Heliópolis, pousava sobre a pira do Deus Rá, ateava fogo em seu ninho e se deixava consumir pelas chamas, renascendo das cinzas.
Hesíodo, poeta grego do século VIII a.C., afirmou que a fênix vivia nove vezes o tempo de existência do corvo, que tem uma longa vida. Outros cálculos mencionaram até 97.200 anos.
De forma semelhante a Bennu, quando a ave sentia a morte se aproximar, construía uma pira de ramos de canela, sálvia e mirra em cujas chamas morria queimada. Mas das cinzas erguia-se então uma nova fénix, que colocava piedosamente os restos da sua progenitora num ovo de mirra e voava com ele à cidade egípicia de Heliópolis, onde os colocava no Altar do Sol.
Dizia-se que estas cinzas tinham o poder de ressuscitar um morto. O imperador romano Heliogábalo (204-222 d. C.) decidiu comer carne de fénix, a fim de conseguir a imortalidade. Comeu uma ave-do-paraíso, que lhe foi enviada em vez de uma fénix, mas foi assassinado pouco tempo depois.
Atualmente os estudiosos creem que a lenda surgiu no Oriente e foi adaptada pelos sacerdotes do Sol de Heliópolis como uma alegoria da morte e renascimento diários do astro-rei. Tal como todos os grandes mitos gregos, desperta consonâncias no mais íntimo do homem. Na arte cristã, a fénix renascida tornou-se um símbolo popular da ressurreição de Cristo.
Curiosamente, o seu nome pode dever-se a um equívoco de Heródoto, historiador grego do século V a.C.. Na sua descrição da ave, ele pode tê-la erroneamente designado por fénix (phoenix), a palmeira (phoinix em grego) sobre a qual a ave era nessa época representada.
A crença na ave lendária que renasce das próprias cinzas existiu em vários povos da antiguidade como gregos, egípcios e chineses. Em todas as mitologias o significado é preservado: a perpetuação, a ressurreição, a esperança que nunca têm fim.
Para os gregos, a fénix por vezes estava ligada ao deus Hermes e é representada em muitos templos antigos. Há um paralelo da fénix com o Sol, que morre todos os dias no horizonte para renascer no dia seguinte, tornando-se o eterno símbolo da morte e do renascimento da natureza.
Os egípcios a tinham por “Bennu” e estava relacionada a estrela “Sótis”, ou estrela de cinco pontas, estrela flamejante, que é pintada ao seu lado.
Na China antiga a fénix foi representada como uma ave maravilhosa e transformada em símbolo da felicidade, da virtude, da força, da liberdade, e da inteligência. Na sua plumagem, brilham as cinco cores sagradas.Roxo, Azul, Vermelha, Branco e Dourado.
No ínicio da era Cristã esta ave fabulosa foi símbolo do renascimento e da ressurreição. Neste sentido, ela simboliza o Cristo ou o Iniciado, recebendo uma segunda vida, em troca daquela que sacrificou.
No Acidente na mina San José em 2010, a cápsula que estava retirando um por um dos 33 mineiros foi chamada de Fênix, porquê o resgate deles a uma profundidade muito funda de terra lembra a ressureição da ave mítica das cinzas.

                                            Lestrígones

                                       

A "Odisseia" de Homero é cheia das mais variadas criaturas lendárias da mitologia grega, mas os lestrígones estão entre as mais medonhas. O motivo de tanto pavor pode ser explicado facilmente com três palavras que qualquer um conhece: gigantes canibais raivosos.
Na lenda, eles viviam na cidadela de Lamos, em Teléfilo, e receberam a esquadra de navios do herói Odisseu com uma chuva de pedregulhos. Batedores enviados para explorar a região foram devorados e muitos homens foram perfurados por lanças gigantescas. Os sobreviventes tiveram que fugir em meio a uma nova chuva de rochas.

                                        HERÓIS

                                        Hércules

                                           

 ( Héracles para os romanos ) foi mais famoso herói grego, nasceu de uma mortal com Zeus, seu poder era a força, e com ela realizou uma das mais famosas estórias da mitologia grega, ” Os doze Trabalhos de Hercules”.

                                       Perseu

   

É o herói que matou a medusa, filho de Zeus, conhecido pela sua coragem e ousadia, tinha um capacete da invisibilidade e sandálias que o faziam voar.

                                       Teseu

                             

Não era filho de deus nenhum, mas sim do rei de Atenas, nasceu em terras distantes de Atenas, aos dezesseis anos descobriu sua verdadeira identidade, e decidiu ir para Atenas, durante sua jornada para assumir o trono de seu reino, enfrenta monstros, entre eles o minotauro.

                                           Deucalião

                               

Esse não realizou nenhum feito heróico, mas é bom citá-lo pela importância de seu conto, nele a terra tinha sido alagada, e os únicos sobreviventes foram Deucalião e sua mulher, Pirra. Isso só foi possível por que o pai de Deucalião, prometeu, avisou sobre o dilúvio e mandou eles contraírem uma arca( aqui notamos a semelhança com o conto Bíblico), que arcou no monte Parnaso, onde tinha um deus/oráculo que explicou a eles como repovoar a terra.

                                         Belerofonte


Matou a quimera, possuía Pegaso( o cavalo Voador). Detentor de vários feitos,  se julgou  digno o bastante para visitar o Olimpo; Zeus ficou ofendido de ele ter ido para o Olimpo sem convite, mandou um escorpião para matar Pegaso. Belerofonte morreu como mendigo procurando por Pegaso.

                                             Jasão

                                  

                            Líder dos argonautas, ele que guia eles em suas aventuras.

                                          Orfeu


Abençoado por Apolo com o dom da musica, Orfeu participou da espedição os argonautas, e tambem foi um dos dois mortais que viajaram pelo reino dos mortos e voltaram vivos(o outro foi Hercules). Orfeu tinha perdido a mulher, então resolveu ir ao sub-mundo buscala, ele consiguio voltar vivo por que acalmara as ameaças do caminho com sua bela musica.

                                      Castor e Pólux

                                    

No mito, os gêmeos partilham a mesma mãe, porém têm pais diferentes – o que significa que Pólux, por ser filho de Zeus, era imortal, enquanto Castor não o era. Com a morte deste, Pólux pediu a seu pai que deixasse seu irmão partilhar da mesma imortalidade, mas Como Zeus, seu pai, não podia convencer Hades, o deus dos mortos a trazer Castor de volta à vida, ficou decidido que os dois irmãos passariam metade do ano nos infernos, e outra metade no Olimpo. Existe outra versão na qual Zeus transforma Castor e Pólux na constelação de Gêmeos.

                                             Aquiles

  

Maior guerreiro da mitologia grega, quando nasceu foi banhado no Rio Esfige, o que garantiu a ele poderes como inteligência, força e habilidade de combate,o único ponto fraco era o calcanhar, que foi acertado por Paris.

                                          Ulisses

                     

É um dos mais ardilosos guerreiros de toda a epopéia grega, ele foi quem teve a ideia do cavalo de troia, e durante a Odisséia, Poseidon tentou matá-lo, mas ele atravessou oceano inteiro até chegar em sua ilhe natal, e todas as tentativas que Poseidon fez para matá-lo falharam.